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26/04/2007 - 17h43

"Sete Minutos" leva "verdadeiro cinema de periferia" ao Cine PE

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FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online, em Recife

O curta "Sete Minutos", exibido durante a programação da 11ª edição do Festival do Audiovisual Cine PE (que vai até o dia 29 de abril no Cine-Teatro Guararapes, em Recife) é o verdadeiro "cinema de periferia", novo gênero cinematográfico que surge no país, conforme definição dos próprios diretores Julio Pecly e Paulo Silva.

Para os diretores, com a produção de uma grande quantidade de filmes que tem como temática a periferia brasileira, está surgindo um "novo gênero" que vem ganhando espaço na mídia e conquistando o mercado mundial.

Divulgação
Curta "Sete Minutos" é expoente de novo gênero cinematográfico, diz diretor
Curta "Sete Minutos" é expoente de novo gênero cinematográfico, diz diretor
"Sete Minutos", que também conta com um terceiro diretor, Cavi Borges, mostra os últimos sete minutos de vida de um jovem da periferia. A câmera percorre favelas do Rio de Janeiro e mostra dois rapazes de armas em punho em busca de um terceiro. Apesar dos tiros e da gritaria, a violência não assusta a comunidade, que observa atenta à busca obstinada e violenta dos rapazes. O final é o mesmo de tantos outros jovens envolvidos no tráfico de drogas.

Por trás da trama, a "verdadeira" história da periferia. Silva e Pecly estudam cinema por conta própria e, ainda em formação, já se aventuram em festivais de cinema por todo o país exibindo um material precário, mas rico em "experimentalismo".

"Eu sou experimental, gosto de buscar novas linguagens em meus trabalhos. Em outro filme, 'O Filme do Filme Roubado do Roubo da loja de Filmes', também foi um pouco assim. O próprio nome já é uma provocação", diz Pecly. O vídeo, disponível no YouTube, traz Natália Lage e Leandro Firmino (Zé Pequeno) durante um assalto a uma videolocadora.

A trama faz uma provocação ao filme "Cidade de Deus". Para os diretores de "Sete Minutos", o longa de Fernando Meirelles está próximo, mas ainda não é o que eles gostariam de ver nos cinemas como representação da periferia.

"'Cidade de Deus' não é de periferia porque é um olhar de fora para dentro", diz Silva, morador autêntico da comunidade retratada em forma de romance pelo escritor Paulo Lins. "O Brasil ainda não produziu um filme 100% de periferia", defende Pecly.

Segundo Silva, quando "uma câmera for entregue nas mãos dos moradores de comunidades e disserem 'toma R$ 100 mil e faz um filme', pronto. É dali que sairá um filme de periferia".

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