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29/04/2007 - 18h17

Beto Brant ressalta inadequação e naturalismo em "Cão Sem Dono"

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FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online, em Recife

Júlio Andrade morou nas locações de "Cão Sem Dono" para interpretar Ciro, um tradutor de russo sem perspectivas pessoais e profissionais. Enquanto o ator dormia, os diretores Beto Brant e Renato Ciasca começavam a rodar as cenas em que o jovem rapaz acorda. "Júlio, acorda. Estamos filmando", conta o ator.

Divulgação
"Cão Sem Dono" foi exibido no Cine PE
"Cão Sem Dono" foi exibido no Cine PE
É nesse clima que nasce a atmosfera "naturalista" do filme, rodado na cidade de Porto Alegre e interpretado por um elenco gaúcho. O sotaque não foi desprezado por Tainá Muller, atriz e mulher de Daniel Galera, autor de "Até o Dia em que o Cão Morreu", livro que inspirou o filme.

O longa mostra o dia-a-dia de Marcela e Ciro. Os dois jovens iniciam um romance casual cuja importância vai crescendo ao longo da trama. Os diretores não pouparam a beleza de Tainá, conferindo à personagem Marcela uma série de cenas de nudez e sexo.

O clima naturalista continua quando Ciro vai ao médico realizar uma endoscopia (exame no qual uma câmera percorre, desde a boca, o interior do aparelho digestivo). As cenas seguintes são dispensáveis e geram mal-estar no público.

A fotografia também não recorre a artificialismos. Toca Seabra não prima pelo belo, não esconde o feio, filma no contra-luz e exclui cenas visualmente agradáveis aos olhos do expectador. Marçal Aquino, responsável pela adaptação do filme, também minimiza a quantidade de diálogos e exclui a narração em off.

Como uma versão mais light de "Kids" (de Larry Clark), "Cão Sem Dono" retrata jovens de Porto Alegre, mas sem regionalismo ou moralismo. O filme mostra uma geração bastante atual que, diante da falta de perspectivas, busca soluções rápidas para aliviar sua dor e inadequação.

A repórter viajou a convite do festival

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