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17/05/2007
-
10h09
da France Presse, em Madri
com Folha Online
O escritor alemão Günter Grass, que foi centro no ano passado de uma polêmica por ter revelado seu envolvimento durante a juventude com as Waffen-SS (a tropa de elite da Alemanha nazista), ressaltou em uma entrevista nesta quinta-feira que a negação do passado "afeta gravemente a juventude", em referência ao nazismo e ao franquismo.
"A ausência de debate por parte de uma sociedade sobre seu passado afeta gravemente a juventude, porque a juventude não conhece sua própria história", considera o prêmio Nobel de Literatura em uma entrevista ao jornal "El País".
O jornal espanhol perguntava ao autor de "O Tambor" sobre o debate na Espanha em torno da difícil gestação de uma lei de memória histórica para reavivar a experiência das vítimas do franquismo.
A lei, proposta pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero pouco depois de sua chegada à presidência em 2004, continua sem ser aprovada e suscita grandes críticas, tanto por parte de associações de vítimas do franquismo que temem o sepultamento do passado como por parte da direita conservadora que não quer voltar a abrir feridas.
"Na Espanha também há coisas comparáveis [ao nazismo]. Houve uma ideologia muito sedutora e muitos jovens se deixaram levar por ela", ressalta o escritor.
Grass se abstém de comparar a Alemanha pós-nazismo à Espanha que surgiu depois da morte de Francisco Franco, em 1975, mas destaca que o "mérito do pós-guerra [na Alemanha] foi evidenciar os crimes".
"O bom de uma derrota, e a Alemanha viveu uma derrota incondicional, é que te faz enfrentar todos os problemas dos vencidos", conclui Grass, que ganhou o Nobel de Literatura em 1999.
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com Folha Online
O escritor alemão Günter Grass, que foi centro no ano passado de uma polêmica por ter revelado seu envolvimento durante a juventude com as Waffen-SS (a tropa de elite da Alemanha nazista), ressaltou em uma entrevista nesta quinta-feira que a negação do passado "afeta gravemente a juventude", em referência ao nazismo e ao franquismo.
Fritz Reiss/AP |
Grass ganhou o Nobel de Literatura |
O jornal espanhol perguntava ao autor de "O Tambor" sobre o debate na Espanha em torno da difícil gestação de uma lei de memória histórica para reavivar a experiência das vítimas do franquismo.
A lei, proposta pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero pouco depois de sua chegada à presidência em 2004, continua sem ser aprovada e suscita grandes críticas, tanto por parte de associações de vítimas do franquismo que temem o sepultamento do passado como por parte da direita conservadora que não quer voltar a abrir feridas.
"Na Espanha também há coisas comparáveis [ao nazismo]. Houve uma ideologia muito sedutora e muitos jovens se deixaram levar por ela", ressalta o escritor.
Grass se abstém de comparar a Alemanha pós-nazismo à Espanha que surgiu depois da morte de Francisco Franco, em 1975, mas destaca que o "mérito do pós-guerra [na Alemanha] foi evidenciar os crimes".
"O bom de uma derrota, e a Alemanha viveu uma derrota incondicional, é que te faz enfrentar todos os problemas dos vencidos", conclui Grass, que ganhou o Nobel de Literatura em 1999.
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