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08/01/2001 - 17h38

Bandas novatas tocam no Rock in Rio à procura de gravadora

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MARCELO VALLETTA
da Folha de S. Paulo

Durante os sete dias do Rock in Rio, que começa nesta sexta-feira, a atenção dos frequentadores do festival será disputada por mais de cem atrações musicais. Entre elas, estarão as oito bandas vencedoras do concurso Escalada do Rock, selecionadas entre cerca de 2.500 grupos que enviaram fitas ou CDs demo para a organização do festival. Destes, 72 foram escolhidos para as eliminatórias do concurso, que se estenderam por três meses.

Mas tocar no festival não é a coisa mais importante para os integrantes dessas bandas. O objetivo de todos é ser visto por executivos de grandes gravadoras, na esperança de conseguirem um contrato e realizarem o sonho de viver exclusivamente da música.

"O que a gente colheu de concreto até agora foi toda essa repercussão na imprensa", diz Vinícius Sérgio, 28, o Vini, baterista da banda Cajamanga, de Santos, que abre os shows da Tenda Brasil no último dia do festival, 21 de janeiro -é a única banda paulista entre os vencedores do Escalada do Rock.

Como as outras sete bandas do Escalada que tocam na Tenda Brasil, espaço de 1.000 m2 que abrigará um público estimado em 2.400 pessoas -a oitava, a mineira Diesel, primeira colocada no concurso, vai tocar no Palco Mundo, o maior do festival, também no dia 21-, a Cajamanga se apresenta por apenas 20 minutos, a partir das 14h. "Tenho consciência de que nesse horário os grandes da Sony, da Warner, da EMI, não vão estar lá, mas a experiência de tocar no Rock in Rio vai ser do cacete. Só que a nossa meta mesmo é um contrato com uma gravadora", afirma Vini, um dos fundadores do Charlie Brown Jr. -que saiu do festival em conjunto com O Rappa, Skank e outros grupos-, banda que abandonou em 1995.

Sobre o temor da repetição da experiência de artistas que participaram da Escalada do Rock na edição passada do festival, em 1991, como Vid & Sangue Azul e Serguei, que não fizeram grande sucesso após o evento, Vini afirma que "o Rock in Rio é uma roleta". "O festival evoluiu, o concurso foi muito bem-organizado, mas música não tem fórmula. É tudo muito relativo. O Surto ficou em segundo lugar em uma edição do Skol Rock, e hoje eles estão aí, tocando no Palco Mundo. De qualquer forma, vai ser um bom ponto no nosso currículo."

Octávio Soares de Oliveira, 22, vocalista do Insight, grupo de João Pessoa que toca no próximo sábado, também aposta no festival como uma imensa vitrine. "Queremos contatar produtores e gravadoras para conseguirmos viver do nosso sonho", diz. A banda foi uma das finalistas do Skol Rock de 1999, quando tocou no mesmo palco que o Offspring.

Marcelo Rocha, 26, vocalista do Sem Destino, grupo da periferia de Brasília que toca no próximo domingo, diz que "a gente quer aparecer, nossa perspectiva é viver de música. Temos a esperança de sermos reconhecidos, mais cedo ou mais tarde". Rocha, atualmente desempregado, reconhece que, em termos práticos, a Tenda Brasil é a grande chance de sua banda se tornar conhecida no resto do país.

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