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11/01/2001 - 04h19

Rock in Rio: "Line up" da Tenda Eletro é dominado por cariocas

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BRUNA MONTEIRO DE BARROS, da Folha de S.Paulo

Foi inevitável. Quem bateu o olho no "line up" da Tenda Eletro do Rock in Rio 3, que começa amanhã, logo concluiu: há DJ demais do Rio e de menos do resto do Brasil e, principalmente, de São Paulo, indiscutivelmente o centro da eletrônica brasileira.

Nas sete noites da tenda (cerca de 25 atrações), estão programados quatro DJs da cena de São Paulo: Marky, Rica Amaral e Camilo Rocha, além de Felipe Venancio, que é do Rio, mas é parte integrante da noite paulistana. Já as atrações cariocas são 11.

A noite de hip hop -as outras são de trance (duas), tecno (duas), drum'n'bass (uma) e house (uma)- não traz nenhuma atração da terra da garoa.

Quando se trata de Rio-São Paulo, a idéia de bairrismo é inerente: "O
evento está puxando a sardinha para o pessoal do Rio" é frase comum quando esse é o assunto entre pessoas do meio.

Jomar Junior, um dos responsáveis pela escolha das atrações da tenda, garante que não teve nada de bairrismo. "Trazer um DJ para o Rio conta passagem, hotel, transporte e alimentação para ele e um acompanhante", diz Junior, chamando atenção para o fato de a arena ser apenas uma pequena parte do evento, não tendo assim recebido muito dinheiro. "Sei que, culturalmente, o underground de São Paulo não dá nem para comparar com o do Rio."

A permissão para que cada um dos DJs leve um convidado para dividir o tempo de set coloca no "line up" mais dois nomes de fora do Rio: Marky vai receber Patife (SP), e Camilo convida Anderson Noise (BH). (Todos, assim como Rica, são da gravadora Trama, paulistana e a única que investe na eletrônica underground.)

Assim, o panorama melhora um pouco, mas o Rock in Rio fica "devendo uma" para as cenas de Curitiba e Goiânia, por exemplo.

Não que os artistas cariocas não tenham mérito. Há bons nomes representando a noite local, como Ricardinho NS e o produtor Memê. Mas, como o cenário eletrônico ainda está "engatinhando" por lá, poucos nomes chegaram a ecoar fora dos limites da baía de Guanabara. Quem sabe não é o momento das surpresas?

Quanto às atrações internacionais, outro comentário é que dois dos grandes nomes do "line up" (Fabio e Westbam) tocaram no Brasil em junho de 2000, no festival Skol Beats, e que o Rock in Rio poderia ter investido em inéditos.

Para Roberto Pedrosa, responsável pela contratação dos DJs internacionais, eles ainda são inéditos no Rio. "Acho que o número de pessoas do Skol Beats não invalida que eles toquem de novo, ainda mais em outro Estado."

Além dos dois, a tenda vai receber de fora do Brasil, entre outros, Jim Master & Lulu (casal residente do clube londrino Velvet Room, de Carl Cox), o DJ de hip hop Kool Herc e o som ambient de Ibiza de José Padilha. Vale registrar a perda de Tricky na noite de hip hop. Sua participação foi cancelada na última semana.

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