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12/01/2001 - 04h56

Análise: Velhos roqueiros não morrem, excursionam

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do "The independent"

No domingo, o Guns N" Roses subirá ao palco no Rio de Janeiro para fazer seu primeiro show longo em oito anos.

A banda norte-americana é apenas a última dentre as que encontraram uma cura maravilhosa para o processo de envelhecimento musical: os mercados pop cada vez maiores do Terceiro Mundo.

Os shows em países em desenvolvimento estão propiciando imensas audiências e cachês ainda maiores, atraindo bandas como o Deep Purple a Lituânia, o Status Quo a Moscou e o Aerosmith a Praga.

Até mesmo artistas com a mais confiável das bases de fãs no Reino Unido estão encontrando dificuldades para ignorar o mercado internacional. As vendas de ingressos para shows no Reino Unido são estimadas em apenas 7% do total mundial, e artistas estabelecidos como Rod Stewart, os Rolling Stones e as Spice Girls provavelmente faturam mais de 80% de sua receita no exterior.

Falcon Stuart, um empresário do rock com conhecimento especializado sobre os mercados da Rússia e da Ucrânia, diz que "muitas dessas bandas não conseguem emplacar um grande sucesso há anos. É excelente para elas tocar diante de 100 mil pessoas em um lugar como o Rio, comparado às platéias de 5.000 pessoas nos países de origem. Isso as estimula, faz com que se sintam bem e ajuda psicologicamente".

"As bandas sempre conseguem platéias entusiásticas nos países em desenvolvimento", diz Stuart.

"As bandas sabem que não precisam ser perfeitas", diz ele. "As pessoas que vão aos shows querem se divertir e sabem que talvez nunca mais vejam aquela banda. É essa a maneira pela qual os contratos internacionais funcionam."

Se o Guns N" Roses conseguir desafiar a passagem do tempo, qualquer outra banda poderá fazer o mesmo. O Guns, uma caricatura da vida desregrada dos roqueiros, soava antigo já nos seus dias de glória regada a vômito, no final dos anos 80. O que resta do grupo é praticamente irreconhecível, já que o vocalista Axl Rose é o único remanescente da formação original.

Na mesma noite, o ex-guitarrista da banda, Slash, estará tocando com seu novo grupo, chamado Slash's Snakepit, na mesma cidade, mas não no mesmo festival. Ele afirmou ao jornal "New Musical Express" que "um dos motivos para que eu saísse era que a banda deixou de ser o grupo ao qual eu tinha aderido".

Mas o Rio de Janeiro talvez não se incomode com isso.

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