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14/01/2001
-
20h40
da Folha Online
A mistura falhou. Desde que foi divulgada a programação do Rock in Rio, duas coisas foram repetidas com insistência: o festival está muito pop e a apresentação de bandas com estilos completamente diferentes pode comprometer o bom andamento dos shows. Pois isso aconteceu hoje, no show do baiano Carlinhos Brown.
O cantor subiu ao Palco Mundo com um cocar indígena, acompanhado de 14 percussionistas da banda Hip Hop Roots que portavam turbantes no estilo do grupo baiano Filhos de Gandhi. Pois o som da percussão não foi bem recebido pelos fãs da guitarra elétrica.
Logo na primeira música já havia indícios de que o cantor e a platéia não iriam se entender muito bem. Quando estava cantando "Omelete Man", Brown terminou a música pedindo para que algumas pessoas parassem de atirar garrafas no público. Em seguida, ele também pediu para que dois caminhões-pipa parassem de jogar água no público.
A partir daí, o show desandou. Quando começou a cantar "Uma Brasileira", segunda música da noite, Brown tentou reconquistar a platéia, mas já era tarde, e para piorar a situação o som do microfone falhou.
Parte do público voltou a atirar garrafas, só que desta vez a intenção era que elas fossem parar no palco. "Sou da paz, não jogo nada em ninguém, só amor", disse Brown, em resposta.
Mal humorado, o cantor começou a provocar o público. "Eles querem rock. Vamos fazer uma improvisação", disse ao pegar uma guitarra e cantarolar o Hino Nacional.
E o festival de hostilidades de ambas as partes continuaria por mais meia hora. "Pra quem gosta de rock, boiada, boiada", disse Brown antes de começar a cantar "Segue o Seco".
Corajoso como ele mesmo admitiu ser, o cantor foi para perto do público e recebeu uma chuva de garrafas e outros objetos.
Brown interrompeu o show e começou a improvisar um pequeno discurso sobre a paz. "Pode jogar o que quiser porque eu sou da paz e nada me atinge", disse. Brown pegou uma faixa com os inscritos "Paz no Mundo" de uma pessoa da platéia e mostrou no palco.
O show ainda teve quatro músicas para um público sem o menor sinal de empolgação.
Em entrevista coletiva à imprensa concedida ontem no Rio, o cantor disse que acreditava que o Rock in Rio estava no "caminho certo" ao fazer a tal mistura de estilos.
Na segunda edição do Rock in Rio, em 1991, o cantor Lobão foi mal recebido pelos metaleiros.
No entanto, o incidente foi mais grave. Lobão interrompeu o show e chegou a discutir com o público. Os integrantes da bateria da Mangueira, que fariam uma participação no show de Lobão, chegaram a se envolver na confusão.
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A mistura falhou. Desde que foi divulgada a programação do Rock in Rio, duas coisas foram repetidas com insistência: o festival está muito pop e a apresentação de bandas com estilos completamente diferentes pode comprometer o bom andamento dos shows. Pois isso aconteceu hoje, no show do baiano Carlinhos Brown.
O cantor subiu ao Palco Mundo com um cocar indígena, acompanhado de 14 percussionistas da banda Hip Hop Roots que portavam turbantes no estilo do grupo baiano Filhos de Gandhi. Pois o som da percussão não foi bem recebido pelos fãs da guitarra elétrica.
Logo na primeira música já havia indícios de que o cantor e a platéia não iriam se entender muito bem. Quando estava cantando "Omelete Man", Brown terminou a música pedindo para que algumas pessoas parassem de atirar garrafas no público. Em seguida, ele também pediu para que dois caminhões-pipa parassem de jogar água no público.
A partir daí, o show desandou. Quando começou a cantar "Uma Brasileira", segunda música da noite, Brown tentou reconquistar a platéia, mas já era tarde, e para piorar a situação o som do microfone falhou.
Parte do público voltou a atirar garrafas, só que desta vez a intenção era que elas fossem parar no palco. "Sou da paz, não jogo nada em ninguém, só amor", disse Brown, em resposta.
Mal humorado, o cantor começou a provocar o público. "Eles querem rock. Vamos fazer uma improvisação", disse ao pegar uma guitarra e cantarolar o Hino Nacional.
E o festival de hostilidades de ambas as partes continuaria por mais meia hora. "Pra quem gosta de rock, boiada, boiada", disse Brown antes de começar a cantar "Segue o Seco".
Corajoso como ele mesmo admitiu ser, o cantor foi para perto do público e recebeu uma chuva de garrafas e outros objetos.
Brown interrompeu o show e começou a improvisar um pequeno discurso sobre a paz. "Pode jogar o que quiser porque eu sou da paz e nada me atinge", disse. Brown pegou uma faixa com os inscritos "Paz no Mundo" de uma pessoa da platéia e mostrou no palco.
O show ainda teve quatro músicas para um público sem o menor sinal de empolgação.
Em entrevista coletiva à imprensa concedida ontem no Rio, o cantor disse que acreditava que o Rock in Rio estava no "caminho certo" ao fazer a tal mistura de estilos.
Na segunda edição do Rock in Rio, em 1991, o cantor Lobão foi mal recebido pelos metaleiros.
No entanto, o incidente foi mais grave. Lobão interrompeu o show e chegou a discutir com o público. Os integrantes da bateria da Mangueira, que fariam uma participação no show de Lobão, chegaram a se envolver na confusão.
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