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17/01/2001 - 04h36

Garotas "sem sobrenome" seguem ídolos

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CRISTINA GRILLO, da Folha de S.Paulo

Passar uma noite em claro sentada no chão da rodoviária, ficar de pé por
seis horas sob o sol inclemente de uma manhã de verão carioca.

Moleza, se o objetivo é ver, nem que seja um fiozinho de cabelo, de Britney Spears, dos rapazes do "NSync ou de Aaron Carter.

"Chegamos ontem às 15h, ficamos na rodoviária até hoje cedinho e pegamos um ônibus para vir para cá esperar a Britney Spears", contava Andressa Barbosa, 17, às 11h30, de plantão desde as 6h na porta do hotel Intercontinental (no bairro de São Conrado, zona sul carioca, onde seus ídolos ficariam hospedados).

Ela e um grupo de amigas na mesma faixa etária vieram de São Paulo para ver os ídolos, que se apresentam amanhã no Rock in Rio 3.

Vieram mesmo sem ter onde ficar -mas muitas das mães não sabem disso.
"Eu disse para minha mãe que ia ficar na casa de uma amiga. Ela não sabe que eu dormi na rodoviária nem que vou dormir amanhã na fila para ser a primeira a entrar lá", disse uma lourinha de 16 anos que, claro, não quis informar seu nome.

Britney Spears acabou decepcionando os fãs. A cantora chegou ao hotel às 12h20 e entrou por uma porta dos fundos, sem falar com ninguém.

Meninos também
Não só mocinhas de longos cabelos e curtas blusinhas faziam plantão na porta do hotel. Alguns raros mocinhos enfrentaram o sol, a fome e o cansaço. Tudo por uma visão de Britney Spears.

Hildebrando Carlos Brasileiro, 22, o Dinho, também passou a noite em claro -não por falta de ter um lugar para dormir, mas por causa da ansiedade e da expectativa de ver Britney, sua musa.

Mineiro de Muriaé, ele está hospedado na casa dos padrinhos, no Rio. Aflito, não conseguiu pegar no sono. Saiu de casa ainda de madrugada e às 5h já estava na porta do hotel -foi o primeiro a chegar.

"Ela é uma deusa, o máximo. Tenho todos os CDs dela", dizia o rapaz, também fã do Backstreet Boys.

Do grupo, alguns preferiam Britney Spears, outros gostavam mais de Aaron, e outros tinham o "NSync como favorito. Mas em comum tinham a decisão de ir ao Rock in Rio apenas na noite de quinta-feira, quando os astros -mais o grupo Five- se apresentam.

"Só eles prestam nesse festival. Esse negócio de Oasis, Foo Fighters, Guns N" Roses não está com nada", dizia Tatiana, 16, mais uma garota paulista sem sobrenome no Rio de Janeiro.

Para conter o grupo de fãs -pequeno, com cerca de 30 pessoas, mas bastante barulhento-, o hotel reforçou seu esquema de segurança.
Se na véspera havia apenas dois homens na entrada principal do
Intercontinental, cuidando para que fãs de Axl Rose não o incomodassem na piscina, ontem dez deles tomavam conta do local.

"Não sei para que isso tudo. Ninguém aqui tem arma. Eu só quero apertar a bochecha daquele lindinho do Aaron Carter", dizia Lígia, 15 (sem sobrenome, por causa da mãe), referindo-se ao cantor de 13 anos.
Mas ele não é muito novinho? "Para o amor, não importa a idade", responde a compenetrada -e apaixonada- Lígia.

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