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23/01/2001 - 04h53

Organização do Rock in Rio melhora em sua terceira edição

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CRISTINA GRILLO, da Folha de S.Paulo

O mundo pode continuar o mesmo, mas o Rock in Rio melhorou -pelo menos em termos de infra-estrutura e organização, em sua terceira edição, terminada na madrugada de ontem.

Problemas ainda existem, é claro. Vide a sujeira inacreditável dos poucos banheiros, o lixo acumulado em toda a área, a desorganização diária nas filas de entrada para a Cidade do Rock, e a confusão para localizar, na saída, os ônibus que ligavam a região aos vários pontos da cidade.

O que melhorou: a comida não acabou, as filas nas tendas de alimentação não eram insuportáveis e andavam de forma organizada, e o trânsito para chegar à Cidade do Rock -de carro, ônibus, moto ou qualquer outro meio- fluiu tranquilo. Uma inovação que agradou em cheio: a criação de tendas menores (Eletro, Brasil e Raízes) para a realização de shows durante os intervalos das apresentações do palco principal.

Os números do Rock in Rio 3 dão uma dimensão do gigantismo do evento. Durante os sete dias de realização do festival, 1,235 milhão de pessoas passaram pelos portões da Cidade do Rock.

O domingo de encerramento, com o show de Red Hot Chili Peppers, foi o recordista de público -250 mil pessoas, na estimativa dos organizadores, cruzaram os portões da que também foi a noite mais tumultuada do festival, com brigas dentro e fora, tumultos na entrada e invasões contidas por seguranças agressivos.

A agressividade dos seguranças prosseguiu mesmo após o fim do último show da noite. Um grupo de seguranças acordou um jovem que dormia no gramado e começou a carregá-lo. Assustado, o jovem tentou se livrar.
Levou um tapa, foi derrubado no chão e agredido a socos e pontapés.

Os números do consumo de alimentos e bebidas também são impressionantes: 600 mil litros de chope -ou 1,2 milhão de copos-, 630 mil sanduíches e 910 mil garrafinhas de água. Tudo isso gerou 265 toneladas de lixo, que se amontoavam em todos os espaços por causa da pequena quantidade de caixas coletoras.

O serviço médico funcionou de forma tranquila. Apesar de o número de atendimentos parecer elevado -foram 7.770- não houve o registro de nenhum caso grave. A maioria dos atendimentos, em torno de 80%, teve como causa insolação, causada pelo forte calor durante os sete dias do festival. Não houve nenhum atendimento causado por brigas.

Foram 160 horas de som distribuídos pelos quatro palcos do festival e 1.186 músicas apresentadas. Só pelo Palco Mundo, passaram durante os sete dias 480 guitarras.

Foram cem toneladas de equipamentos de som -80 delas só para o Palco Mundo- e gastos 660 megawatts de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.
 

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