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03/08/2002 - 00h06

Basta uma semana sem computador para ter o e-mail entupido

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FRANCISCO MADUREIRA
Editor de Informática da Folha Online

Nada como uma viagem e alguns dias longe do computador, esse carrasco do novo século. O olhar —que se perde em míseras duas dimensões a vinte centímetros da pupila na maior parte do tempo— pôde até entrever o tridimensional do universo ao reter as estrelas, no cair da noite, deitado num gramado a no mínimo 300 quilômetros do que se pode chamar de metrópole.

Uma semana nas montanhas. E, na volta, uma montanha de e-mails entupindo as caixas postais em casa e no trabalho. Um problema que muita gente enfrenta, pelo menos uma vez por ano, quando sai de férias por um tempo mais longo ou tira umas folgas.

Reportagem interessante publicada em maio pelo site Cnet.com contava a história de Keith Bellows, editor-chefe e vice-presidente da National Geographic Traveler. O jornalista relembra a volta de período de férias: "Ninguém gosta de voltar ao trabalho e encarar 4.000 e-mails".

Essas 4.000 mensagens devem demorar algum tempo para serem lidas —e, no meio de muito spam e outras mensagens, certamente há assuntos de interesse e até comunicados importantes, como até mesmo uma carta de seu chefe falando sobre sua demissão.

Além disso, elas ficaram armazenadas no servidor de e-mail da companhia. E espaço de armazenamento não é algo abstrato, como muita gente imagina. Custa dinheiro para a empresa.

No caso dos e-mails pessoais, o drama pode ser ainda maior —principalmente porque, diferente do e-mail corporativo, que tem servidores dedicados para agüentar o tranco, os webmails e contas de provedores de acesso limitam a quantidade de dados que o internauta pode guardar em suas caixas postais.

Já imaginou passar um mês longe do PC e perder mensagens importantes, enviadas no início de seu período de férias, porque seu limite de 1 Mbyte estourou com a quantidade de spam ou com aquela apresentação do PowerPoint que você recebeu por e-mail?

Isso sem contar em algumas políticas de armazenamento de dados que alguns webmails têm adotado, como apagar mensagens gravadas enviadas a mais de 30 dias.

Tudo isso vai acabar mudando —e, de certa forma, já mudou— o conceito de "férias" absolutamente offline. Estar conectado ao mundo será inevitável —ou exigirá um esforço ainda maior—, ainda mais com a disseminação das tecnologias de comunicação sem fio.

E nesses tempos modernos, como será olhar para as estrelas deitado num gramado, longe da civilização?



As aventuras de um micreiro, capítulo 4, chega na semana que vem —uma pequena inversão de calendário, tinha-as prometido para o primeiro fim de semana de cada mês, mas o gramado e as estrelas impediram-me, digamos... :-)

Também recebi bastantes mensagens sobre a música no computador, coluna da semana passada, pedindo mais dicas sobre como turbinar a placa de som e substituir os timbres MIDI originais. Prometo compartilhar o pouco que sei neste espaço em breve, provavelmente na semana posterior às aventuras.

De resto, agradeço a todos que escrevem para dividir experiências tão bacanas.

Escreva para o autor da coluna usuário.com
 

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