Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/09/2002 - 12h18

Spam burla tecnologias e invade a internet

da Folha de S. Paulo

Como ganhar prêmios no valor de US$ 1 bilhão, pagando US$ 49,99. Perca 12 kg em sete dias. Faça uma orgia com Britney Spears.
Hoje o lixo que lota as caixas de correio eletrônicas não espanta mais —apenas irrita.

Em um dia típico, os assinantes do Hotmail recebem, coletivamente, mais de 1 bilhão de mensagens de junk e-mail (lixo). Esse spam é responsável por 80% das mensagens recebidas.

O spam —que, a não ser que faça afirmações fraudulentas, geralmente é protegido pela lei- acaba com as mensagens legítimas, faz perder tempo e obriga provedores a comprar equipamentos para lidar com o aumento no volume de e-mails indesejados.

Na AT&T WorldNet, um ano atrás, cerca de uma dúzia de cada cem mensagens era spam. Hoje essa proporção chega a entre 20 e 25 em cada cem -sem falar em 200 ou 300 mensagens enviadas a contas inválidas por spammers tentando farejar endereços.

Em junho, a empresa de filtragem anti-spam Brightmail registrou 4,8 milhões de ataques de mensagens indesejadas. O volume dessas mensagens se multiplicou por mais de cinco em relação ao ano passado.

Os spammers estão enviando volumes maiores porque os filtros estão fazendo um trabalho melhor de bloqueio de mensagens. Esses remetentes aperfeiçoaram suas técnicas para obter listas de endereços e evitar os filtros.

Mais: marketing via e-mail custa pouco. Os spammers pagam menos de um centavo de dólar por mensagem, contra US$ 1 por telemarketing e US$ 0,75 por mensagem enviada por mala-direta, informa a SpamCon Foundation, que combate essa prática.

Muita coisa mudou no spam desde que dois advogados que trabalhavam com imigrantes resolveram anunciar seus serviços em grupos de discussão, em 1994.

Depois do aprendizado de internautas para evitar endereços reais de e-mail em grupos de discussão, os spammers criaram ataques "seguindo o dicionário": mandam mensagens para endereços como ""nick31" e ""nick32" a domínios comuns, como o earthlink.net, na esperança de chegar a algumas contas que realmente existem.

Duas contas criadas para teste pela Associated Press receberam spam horas depois, apesar de os endereços não terem sido comunicados a ninguém.

Depois que os provedores de serviço aprenderam a bloquear e-mails com dizeres, como ""Viagra" ou ""$$$$$$", os spammers passaram a usar truques de programação para que as palavras apareçam para quem as lê, mas sejam vistas pelos filtros como código aleatório.

Algumas mensagens são enviadas como imagens, para que os filtros não possam analisar seu conteúdo. Às vezes as mensagens incluem links falsos de remoção de nome, fazendo com que pareçam ser honestos.

Os spammers culpam os adversários do spam por obrigá-los a recorrer a técnicas enganosas.

A liberdade dos spammers está gerando outras práticas. Pais proíbem filhos menores de usar e-mail. Há quem mude seu e-mail com tanta frequência que amigos não conseguem encontrá-lo.

O spam já sufocou outras tecnologias. Celulares estão sendo inundados com mensagens, pois os endereços são ligados a números fáceis de adivinhar.

Existem ferramentas para bloquear o spam, mas, quanto mais agressivas, maior o número de mensagens legítimas descartadas.



com agências internacionais

Leia também:

  • Spam burla tecnologias e invade a internet

  • Ferramentas contra spam são ineficazes

  • Adepto do spam diz que atividade é o "marketing do futuro"
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página