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01/12/2002 - 12h31

Internet vai continuar soterrada sob "spam" por algum tempo

da Reuters, em Nova York (EUA)

Os esforços para o combate ao "spam", envio de e-mail não-solicitado, não estão superando a facilidade atual para o envio desse tipo de mensagem no mercado norte-americano, afirmam analistas. Segundo um estudo divulgado na sexta-feira (29), o internauta médio recebe mais de 2,2 mil mensagens spam a cada ano e esse total subirá a 3,6 mil em 2007.

"Está ficando cada vez mais fácil enviar mensagens de spam. Pode-se comprar um CD-ROM com milhões de endereços de e-mail muito barato, e enviar as mensagens a custo igualmente baixíssimo", disse Jared Blank, analista sênior da Jupiter Research, responsável pelo estudo.

Os praticantes de spam continuam a descobrir maneiras novas e engenhosas de evitar os filtros, substituindo palavras ou adotando grafias alternativas, enviando e-mails que parecem vir do destinatário mesmo e colocando na linha de assunto descrições que fazem com que as pessoas acreditem que as mensagens vêm de amigos.

Trabalhando de maneira igualmente furiosa, há empresas tentando ajudar consumidores e companhias, incluindo alguns provedores de acesso à internet, a combater o spam por meio de novas tecnologias --o que criou um novo e aquecido segmento econômico--, com empresas como a Brightmail e programas da McAfee.

A Brightmail, por exemplo, trabalha com empresas e provedores de acesso à internet para combater o spam nos computadores dos usuários e também oferece um produto que os consumidores podem usar para se proteger contra vírus de computadores.

"Os praticantes do spam são pessoas espertas e há claramente uma corrida armamentista entre eles e as empresas que tentam impedir a prática, que vem crescendo sem parar", disse Jim Nail, analista da Forrester.

"Ter listas simples de praticantes e domínio relacionados ao spam não basta, porque os praticantes do spam mudam de endereço para se manter à frente dos esforços (para combatê-los)."

Os filtros que trabalham com base em palavras-chave para bloquear o spam, dependendo da frequência de uso das palavras, são ineficientes porque os praticantes de spam alteram a grafia das palavras ou escrevem mensagens mais curtas para que o número de ocorrências diminua.

As listas negras de bloqueio de endereços de e-mail, que apanham apenas 10% das mensagens de spam e muitas vezes eliminam também e-mails válidos, não funcionam, segundo os analistas.

"E pior, as táticas mais recentes incluem ataques de colheita, que tentam descobrir os nomes e endereços de pessoas", disse Joyce Graff, analista da Gartner. "É como uma jogada de vírus, de modo que se você não tiver um laboratório estudando novos truques, a solução que implementar deixará de funcionar em seis meses."

A Brightmail diz que dados recentes demonstram que o spam subiu de 8% para quase 40% do total de e-mails enviado pela internet.

"Um dos desafios a enfrentar é que o spam é mundial. Boa parte dele é roteado por servidores inseguros", disse Enrique Salem, presidente-executivo da Brightmail. "Assim, quando isso acontece, o caso fica fora da jurisdição de qualquer país." A indústria está colaborando com agências governamentais de todo o mundo para reduzir o problema, acrescenta.

Os analistas dizem que há esperança de melhora no futuro, porque as autoridades começaram a prestar atenção no problema.

"Embora seja difícil localizar e processar os praticantes do spam, basta apanhar alguns deles para assustar os demais", disse Nail.

No começo do mês, a Federal Trade Commission dos Estados Unidos processou seis remetentes de emails que bombardeavam usuários da Internet com esquemas ilegais de pirâmides, empréstimos fraudulentos e oferecendo filtros de e-mail que atraíam spam em vez de bloqueá-lo.

Embora o spam seja encarado por quase todos como um incômodo, ele não é ilegal sob as leis norte-americanas.

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