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09/01/2003 - 04h36

Google deve entrar para o hall das marcas que viram substantivos

SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Nova York

www.google.com.

Se 2002 foi o ano em que o mecanismo de busca da internet acima se firmou como a melhor ferramenta à disposição de quem navega, o ano que começa agora deve ser definitivamente o "ano Google", em que o nome entrará para o panteão das marcas tornadas substantivos, como gilete, maisena, pirex e xerox.

Afinal, verbo já virou -"to google", ou "googlar"-, como mostrou primeiro Hollywood, no filme "Encontro de Amor" ("Maid in Manhattan"), que estréia dia 4 de abril no Brasil, em que em uma cena o personagem de Jennifer Lopez responde a uma dúvida do filho pequeno: "Não sei, quando a gente chegar em casa eu googlo e te respondo".

"Googlar" ou não alguém, aliás, virou até discussão ética e mereceu artigos apaixonados nas últimas semanas em revistas como a dominical do jornal "The New York Times". Na coluna "The Ethicist", uma leitora diz que "googlou" seu pretendente antes de resolver sair com ele.

Ou seja, colocou nome e sobrenome do fulano entre aspas no mecanismo de busca para ver se aparecia alguma coisa desabonadora (o registro de uma prisão na juventude, um desfalque no caixa da empresa etc.). E pergunta: ela agiu corretamente?

Sexo e celebridades

O titular, Randy Cohen, sai pela tangente na resposta, mas o fato é que cada vez mais pessoas fazem o mesmo -ou seja, "googlam". Há quem diga, não sem razão, que as palavras digitadas na janela de busca milhões de vezes ao dia no mundo inteiro são o que mais próximo se pode chegar do registro do inconsciente coletivo.

Não é por outro motivo que a empresa, fundada em 1998 por dois estudantes de ciência da computação da Universidade de Stanford, mantém um painel eletrônico em sua sede, na cidade de Mountain View (Estado da Califórnia), aberto ao público.

Ali, o visitante pode ver uma amostra do que está sendo procurado naquele momento pelos usuários (28 milhões por mês, em 86 línguas, segundo dados da empresa), como se o tal inconsciente coletivo tivesse legenda. A conclusão é surpreendente: "Não importa de que país ou região do mundo sejam, o que as pessoas procuram é mais ou menos a mesma coisa", disse ao "New York Times" Greg Rae, um dos diretores.

E o que procura o mundo?

Sexo, notícias sobre celebridades e programas de computador que possam ser baixados gratuitamente, não necessariamente nessa ordem.
 

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