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07/03/2003 - 19h22

Internautas usam Google para investigar outras pessoas

da France Presse, em Nova York (EUA)

Os norte-americanos estão usando a ferramenta de buscas Google para obter informações sobre outras pessoas, a ponto de já existir um novo verbo: "to google" (algo como "googlar").

Entre as 150 milhões de perguntas a que o Google responde diariamente, várias são de pessoas que pesquisam outros indivíduos, com fins geralmente particulares.

"Quando eu procurava alguém para dividir meu apartamento, 'googlei' todos os candidatos", diz Isabelle, uma jovem jornalista francesa que mora em Manhattan e pediu para que seu sobrenome não fosse divulgado. "A pessoa que diz 'trabalho para a empresa tal' você 'googleia', para confirmar se ela está dizendo a verdade. De uma só vez, você pode verificar que cargo exatamente ela ocupa", conta.

A internet já penetrou em todos os setores da sociedade norte-americana, a tal ponto que dados biográficos, trabalhos de pesquisa e artigos oferecem livre acesso a qualquer um, bastando clicar duas vezes com o botão do mouse. "O candidato que escolhi, Ali, descobri que ele levou uma multa por excesso de velocidade em Connecticut", comenta Isabelle, sorrindo.

A publicação on-line de documentos por todos os setores da vida social americana _inclusive pela Justiça, em alguns Estados_ somada à eficácia da ferramenta Google, torna cada vez mais fácil conhecer o currículo, as preferências, as atividades e as partes obscuras da vida de um desconhecido.

A imprensa norte-americana divulga diariamente histórias de pessoas em busca de emprego que já perceberam que suas condenações em anos anteriores irão lhes prejudicar durante muito tempo. Outros, arrependem-se de terem publicado na rede, achando que iriam apenas divertir os amigos, fotos comprometedoras, informações eróticas ou piadas obscenas.

Sophie, 32, que também não quis divulgar o sobrenome, disse "googlar" todos os seus pretendentes, reunidos em um site de encontros, antes de sair com eles. "Todo mundo faz isso. Quando percebo um cara atraente, em vez de enchê-lo de perguntas, vasculho a rede. Se for um fã de beisebol ou republicano, paro por aí", brincou.
 

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