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26/03/2003 - 09h34

Guerra no Iraque toma conta da internet

da Folha de S.Paulo

A guerra desfechada pelos Estados Unidos contra o Iraque, na semana passada, tem seu front na internet. Hackers a favor e contra o conflito fizeram suas manifestações em centenas de sites dos governos americano e britânico. Um funcionário de uma empresa de programas antivírus relatou mais de 800 invasões na última sexta-feira, dez vezes mais do que na semana anterior.

Foram invadidos sites de notícias do governo americano e de empresas britânicas, como a Routeco (www.routeco.com), em cujo site foi colocada uma foto de manifestantes queimando a bandeira dos EUA. O site da Seabornes (www.seabornes.com) também foi atingido. Os cibermanifestantes deixaram uma citação do Alcorão e o aviso: "Essa é a nova era da ciberguerra que nós prometemos".

Essas cibermanifestações equivalem a grafites em muros. São mensagens para ganhar exposição na rede, e os danos às vítimas são mínimos. A maioria dos operadores desses sites recuperou as páginas em poucas horas.

Além de manifestações pela rede, empresas de antivírus previam a criação de vírus com temas relacionados ao Iraque.

Um deles chega por e-mail com a expressão "US Government Material - Iraq Crisis" no campo do assunto. Outro vírus escondido em e-mails usa mensagens contra a guerra, no campo de assunto, para tentar atrair vítimas. Há também uma praga que promete fotos feitas por satélites.

As manifestações contra a guerra também viraram assunto entre correntes que circulam por e-mail, com fotos reproduzidas pelo canal de TV árabe Al Jazeera.

Cresceu em 70% o número de visitantes aos principais sites noticiosos, que aproveitam a internet de alta velocidade e apresentam vídeos e outros recursos multimídia.

Segundo o instituto de pesquisas ComScore Media Metrix, só na CNN a visitação aumentou 200%; o site da concorrente Fox News, cujo número de visitantes é bem menor, teve um incremento de 218%. E a guerra também é estrela nos sites de busca, onde superou a palavra sexo como principal termo pesquisado.

Os blogueiros se transformaram em guerrilheiros pacifistas, mas há também os "falcões", defensores da ação norte-americana. Manifestos pró e contra os EUA, diários com imagens do conflito, análises e relatos de jornalistas independentes que estão cobrindo a guerra formam uma teia de páginas.

Entre os ciberdiários que estão fazendo cobertura da guerra, confira o pacifista peaceblogs.org/list.php, com 538 ciberdiários de 29 países, inclusive o Brasil. A favor do conflito, há o www.crazysaddam.com e o www.warblogging.com.

Internautas do Kuait estão pondo mensagens diariamente no ciberdiário www.qhate.com. Em tom mais crítico, há o www.adammagazine.com.

Pequenos comentários, colocados na rede minuto a minuto, estão em www.agonist.org. Vários correspondentes fazem depoimentos em www.back-to-iraq.com. Em www.warblogs.cc, há grande lista de diários, com links para sites noticiosos. A ONG www.unitedforpeace.org noticia as manifestações contra a guerra ocorridas em várias cidades no mundo.

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