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25/06/2003 - 08h53

Livre-se dos e-mails indesejados que entopem caixas de mensagens

ANA PAULA DE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo

O futuro das caixas postais eletrônicas é sombrio. Em 2006, estima-se que cada internauta vá receber 1.400 spam por ano. Em 2000, eram apenas 130, prevê a Jupiter Research. Já dados do Gartner Group revelam que metade dos e-mails enviados é spam.

O termo spam, que atualmente se refere aos e-mails comerciais não solicitados, é um tipo de presunto enlatado, ainda hoje comercializado (www.spam.com). Em uma comédia do grupo inglês Monty Python, vikings se reúnem e pedem insistentemente o produto, gritando diversamente "Spam!". Tão irritante quanto os personagens são os e-mails.

Mas quem lucra com isso? Nos EUA, segundo o Gartner Group --empresa de pesquisas tecnológicas--, repassar um spam para uma lista de 500 mil endereços chega a custar US$ 375, já inclusos custos como energia e conexão. Os autores de programas de spam cobram cerca de US$ 299. No Brasil, o preço de uma lista de e-mails varia de R$ 12 a R$ 900.

Além do mais, é mais barato repassar propaganda por e-mail do que imprimir a mesma quantidade e enviá-la por correio, exemplifica Hermann Wecke, do Movimento Anti-Spam Brasileiro (www.antispam.org.br).

Crime e denúncia

Cada país possui uma legislação diferente em relação ao lixo eletrônico. No Brasil, o spam não é ilegal, porém fornecer dados pessoais a terceiros é crime, segundo o Código de Defesa do Consumidor. Para conhecer as leis sobre spam de cada país, acesse www.spamlaws.com.

As associações contra o spam afirmam que uma das melhores medidas para impedir a proliferação da praga da mala-direta é a denúncia. Para isso, a rede conta com páginas que recebem acusação de exercício de spam e criam relações de empresas adeptas à prática, como www.abuse.net, www.mail-abuse.org, www.brightmail.com. Cheque domínios de uma lista negra em www.sdsc.edu/~jeff/spam/cbc.

Spam ocupacional

Empresas que liberam o acesso à internet aos funcionários estão preocupadas com o tempo dispensado na administração da caixa postal eletrônica. Segundo estudo do Gartner Group, cerca de 34% dos e-mails comerciais são desnecessários.

Em média, revela o estudo, um funcionário gasta cerca de 49 minutos por dia administrando e-mails --24% dispensam mais de uma hora nessa atividade. Apenas 27% das mensagens recebidas exigem atenção imediata.

Para tentar aumentar a produtividade empresarial e diminuir a ociosidade no trabalho, as companhias passaram a investir em programas de bloqueio ao spam.

Seguindo esse raciocínio empresarial, a Networks Associates (NAI) criou o SpamKiller, que já está à venda para companhias e que em breve será comercializado no Brasil para o consumidor final. José Matias Neto, gerente de suporte da empresa, diz que o programa é tão vendido quanto o antivírus McAfee --também da NAI.

Burlando as regras

Assim como a cada dia especialistas desenvolvem novos programas de combate ao lixo eletrônico, vendedores de spam criam técnicas capazes de enganar o sistema. A mais nova arma contra a caixa postal dos internautas é o spam que não está em linguagem HTML (linhas de programas em forma de texto comum, próprio para a web), mas é elaborado dentro de uma imagem.

Isso impede que os sistemas de segurança filtrem o que é spam --pois trabalham basicamente com o reconhecimento de palavras-chave-- e bloqueiem as mensagens indesejadas.

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