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30/07/2003
-
10h46
da Folha de S.Paulo
O estudante Daniel Peng, da conceituada Princeton University, usava os terminais da universidade para baixar música e dedicar seu tempo livre ao hobby preferido. Em uma pasta pessoal dentro de um computador da universidade, Peng tinha cem MP3, os arquivos musicais. Mais que isso, ele criou um programa chamado Wake, que facilitava o compartilhamento de arquivos entre os alunos da Princeton.
Foi pego pela Riaa, tornou-se um dos primeiros bodes expiatórios da guerra da música e tem até 2006 para pagar os US$ 15 mil que deve na Justiça pelo crime de "ação danosa à lei dos direitos autorais". Peng falou com a Folha, de New Jersey, por e-mail.
Folha - Como ficou sua situação?
Daniel Peng - A Riaa e eu firmamos um valor de US$ 15 mil para a multa, além de eu ter de pagar meus advogados. Mas estou muito longe de saldar essa dívida. Para um júnior em física e matemática como eu, que tem de trabalhar o verão todo para conseguir estudar, a situação é bem difícil. Tenho recorrido a doações em um blog da universidade (wake.princeton.edu/redirect). Já consegui uns US$ 7.500 até agora. A maior doação foi um cheque de US$ 500. Chegam cheques de estudantes de todos os EUA.
Folha - Milhões de pessoas baixam música pela internet. Como você foi o "escolhido"?
Peng - Eles precisavam pegar alguém, acho. Vasculharam os computadores de universidades e chegaram a mim, tanto pela minha pasta de MP3 quanto pelo programa que criei na Princeton.
Folha - Você continua baixando músicas da internet?
Peng - Prefiro não falar sobre isso.
Folha - Qual sua posição diante dessa polêmica?
Peng - Prefiro não falar sobre isso.
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"Precisavam pegar alguém", diz estudante processado pela Riaa
LÚCIO RIBEIROda Folha de S.Paulo
O estudante Daniel Peng, da conceituada Princeton University, usava os terminais da universidade para baixar música e dedicar seu tempo livre ao hobby preferido. Em uma pasta pessoal dentro de um computador da universidade, Peng tinha cem MP3, os arquivos musicais. Mais que isso, ele criou um programa chamado Wake, que facilitava o compartilhamento de arquivos entre os alunos da Princeton.
Foi pego pela Riaa, tornou-se um dos primeiros bodes expiatórios da guerra da música e tem até 2006 para pagar os US$ 15 mil que deve na Justiça pelo crime de "ação danosa à lei dos direitos autorais". Peng falou com a Folha, de New Jersey, por e-mail.
Folha - Como ficou sua situação?
Daniel Peng - A Riaa e eu firmamos um valor de US$ 15 mil para a multa, além de eu ter de pagar meus advogados. Mas estou muito longe de saldar essa dívida. Para um júnior em física e matemática como eu, que tem de trabalhar o verão todo para conseguir estudar, a situação é bem difícil. Tenho recorrido a doações em um blog da universidade (wake.princeton.edu/redirect). Já consegui uns US$ 7.500 até agora. A maior doação foi um cheque de US$ 500. Chegam cheques de estudantes de todos os EUA.
Folha - Milhões de pessoas baixam música pela internet. Como você foi o "escolhido"?
Peng - Eles precisavam pegar alguém, acho. Vasculharam os computadores de universidades e chegaram a mim, tanto pela minha pasta de MP3 quanto pelo programa que criei na Princeton.
Folha - Você continua baixando músicas da internet?
Peng - Prefiro não falar sobre isso.
Folha - Qual sua posição diante dessa polêmica?
Peng - Prefiro não falar sobre isso.
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