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15/09/2003
-
16h02
FERNANDA K. ÂNGELO
da Folha Online
"Menos coisa e mais limitação por um preço maior." Foi assim que Horácio Belforts, presidente da Abusar (Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido), descreveu o Novo Speedy, anunciado hoje pela Telefônica.
Belforts classificou a mudança da Telefônica como "mais uma atitude prepotente" da operadora. Ele assegura que os associados da Abusar usam muito mais do que 3 GB por mês de dados. Segundo a Telefônica, porém, esse é o volume médio trocado pelos usuários de seu serviço de banda larga.
Embora a Telefônica diga que nada vai mudar para aqueles que já são assinantes do Speedy, Belforts diz que "a empresa não tem a intenção de melhorar nada para os antigos usuários".
O modelo básico (256 kbps) do antigo Speedy, era adotado por 92% dos cerca de 400 mil usuários, segundo a própria Telefônica. O portfólio da operadora também contava com pacotes de 512 kbps e 2 Mbps.
Infra-estrutura
Já os pacotes do Novo Speedy envolvem conexões de 300 kbps (limitada a 3 GB de dados mensais), 450 kbps (10,5 GB de limite) e 600 kbps (15 GB de limite), além do Novo Speedy Business, que também tem a opção de uma conexão de 2 Mbps, limitada a 50 GB. Mas os novos assinantes não têm a opção da conexão de 256 kbps.
"O serviço está abarrotado, eles [a Telefônica] estão vendendo muito e não querem gastar em melhorias na infra-estrutura", diz Belforts.
Por outro lado, a Telefônica disse que já investiu R$ 100 milhões em melhorias na infra-estrutura e planeja gastar outro tanto até o final de 2004.
Limitação
Segundo Belforts, é muito mais fácil passar o problema para o usuário. Ele concorda que a velocidade do serviço pode até melhorar, mas faz uma comparação com o trânsito de São Paulo: "é como se a Marta (prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, PT) estabelecesse que cada cidadão só pode sair com seu carro na rua por 1 segundo a cada dia. É claro que o trânsito vai acabar. E o cidadão que se vire pra usar o carro apenas um segundo por dia. Passou disso, eles terão de pagar uma taxa."
Para Belforts, certamente o serviço funcionará muito bem no começo, para conquistar clientes. "Resta saber se continuará bem", diz.
Para Abusar, "usuários só saem perdendo com Novo Speedy"
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da Folha Online
"Menos coisa e mais limitação por um preço maior." Foi assim que Horácio Belforts, presidente da Abusar (Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido), descreveu o Novo Speedy, anunciado hoje pela Telefônica.
Belforts classificou a mudança da Telefônica como "mais uma atitude prepotente" da operadora. Ele assegura que os associados da Abusar usam muito mais do que 3 GB por mês de dados. Segundo a Telefônica, porém, esse é o volume médio trocado pelos usuários de seu serviço de banda larga.
Embora a Telefônica diga que nada vai mudar para aqueles que já são assinantes do Speedy, Belforts diz que "a empresa não tem a intenção de melhorar nada para os antigos usuários".
O modelo básico (256 kbps) do antigo Speedy, era adotado por 92% dos cerca de 400 mil usuários, segundo a própria Telefônica. O portfólio da operadora também contava com pacotes de 512 kbps e 2 Mbps.
Infra-estrutura
Já os pacotes do Novo Speedy envolvem conexões de 300 kbps (limitada a 3 GB de dados mensais), 450 kbps (10,5 GB de limite) e 600 kbps (15 GB de limite), além do Novo Speedy Business, que também tem a opção de uma conexão de 2 Mbps, limitada a 50 GB. Mas os novos assinantes não têm a opção da conexão de 256 kbps.
"O serviço está abarrotado, eles [a Telefônica] estão vendendo muito e não querem gastar em melhorias na infra-estrutura", diz Belforts.
Por outro lado, a Telefônica disse que já investiu R$ 100 milhões em melhorias na infra-estrutura e planeja gastar outro tanto até o final de 2004.
Limitação
Segundo Belforts, é muito mais fácil passar o problema para o usuário. Ele concorda que a velocidade do serviço pode até melhorar, mas faz uma comparação com o trânsito de São Paulo: "é como se a Marta (prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, PT) estabelecesse que cada cidadão só pode sair com seu carro na rua por 1 segundo a cada dia. É claro que o trânsito vai acabar. E o cidadão que se vire pra usar o carro apenas um segundo por dia. Passou disso, eles terão de pagar uma taxa."
Para Belforts, certamente o serviço funcionará muito bem no começo, para conquistar clientes. "Resta saber se continuará bem", diz.
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