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16/11/2003 - 09h28

Para perito em tecnologia digital, spam é problema de educação

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FERNANDA K. ÂNGELO
da Folha Online

O spam --e-mail comercial não solicitado-- é um problema de educação, pelo menos na opinião de Ricardo Theil, presidente do IPDI (Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Telecomunicações).

Theil explica: a ética social presencial, aquela passada de pais para filhos, não migrou para o universo virtual. "Como os pais normalmente não têm cultura digital, são incapazes de influenciar na educação digital de seus filhos", diz o perito. É como jogar lixo na rua. Hoje é normal para os jovens considerarem o ato condenável. No entanto, como eles não tiveram a "educação digital", continuam --e acham normal-- encher a internet de lixo.

Outro problema é que os spammers (autores das mensagens comerciais indesejadas) são egoístas, defendem apenas as causas próprias. "O spam funciona: tem um custo muito baixo e, por mínimo que seja, sempre captura algum cliente", diz Theil. O problema é que os spammers só estão preocupados com si. Não estão interessados em saber se vai acarretar problemas à maioria dos destinatários de suas mensagens.

Além dessa falta de cultura e conscientização, a internet, segundo Theil, carrega consigo dois paradigmas. O primeiro é que as pessoas acreditam que podem fazer qualquer coisa pela rede, e o segundo é que elas têm a certeza de que nunca serão identificadas ou localizadas. "São das grandes mentiras."

Por esses motivos todos, Theil acredita que são necessárias regras muito claras para a web. Segundo ele, "tem de haver penalização".

Conhecimento

O especialista, que também coordena o comitê antifraude e de segurança da Camara-e.net (Câmara Brasileria de Comércio Eletrônico), diz que o spam funciona porque explora a vaidade do ser humano com promessas de benefícios.

Enquanto o internauta não souber como identificar um spam, ou uma mensagem contendo vírus, cavalos de tróia e outros códigos maliciosos criados para tentativas de fraudes, ele continuará abrindo as correspondências.

Para tentar levar aos usuários o conhecimento necessário para evitar a contaminação e prejuízos gerados pelo spam, a Câmara-e.net deve colocar no ar já no primeiro semestre de 2004 um serviço de consulta sobre spam. O serviço trará informações para facilitar a identificação desse tipo de e-mail, bem como orientações para evitar o spam.

Sem fim

Theil não acredita no fim do spam, mas diz que com a conscientização dos usuários, a prática deve diminuir significativamente.

Quando o cerco ao spam começar a se fechar, os adeptos desse tipo de correspondência devem migrar para outras atividades.

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