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10/12/2003
-
09h37
BRUNO GARATTONI
da Folha de S.Paulo
A Sun Microsystems está lançando o Java Desktop System (wwws.sun.com/software/javadesktopsystem/index.html), que é um sistema operacional baseado no Linux e custa US$ 100 nos EUA (no lançamento, está custando US$ 50). Como é mantido e desenvolvido por voluntários, o Linux pode se beneficiar da ajuda da Sun. O navegador Mozilla (www.mozilla.org), por exemplo, deve parte de sua qualidade a funcionários da Netscape, que recebiam para ajudar os voluntários.
A versão final do Java Desktop System (leia uma avaliação em www.osnews.com/story.php?news_id=5286) vem em seis CDs e pode ser instalada no disco rígido do micro. A versão testada pela reportagem foi a de demonstração, que cabe em apenas um CD e não precisa ser instalada: basta inserir o disco e reiniciar o micro para que o sistema seja carregado.
Como não é gravada no disco rígido, ela traz uma limitação --todas as alterações são perdidas quando o micro é religado, ou seja, não é possível instalar programas nem mudar configurações permanentemente.
Mesmo considerando tratar-se de uma demonstração, a versão do Java Desktop System testada pela reportagem traz falhas injustificáveis. Ela não reconheceu o leitor de disquetes nem o chaveiro USB conectados ao micro, impedindo a gravação de arquivos.
Isso não é aceitável, pois o sistema operacional Kurumin Linux (www.guiadohardware.info/linux/kurumin), que também funciona direto do CD (sem instalação), reconhece disquetes e chaveiros USB sem problemas. Outro problema do Java Desktop System, que é comum em vários tipos de Linux, é que o sistema não escreve arquivos (só lê) em discos rígidos com a formatação NTFS --usada nas instalações do Windows 2000 e do Windows XP.
A coleção de programas inclusa no Java Desktop System é boa --compreende o pacote de escritório StarOffice 7, o software de e-mail Evolution e o navegador Mozilla--, mas carece de um programa de edição fotográfica e de um comunicador pessoal. Como o editor de imagens Gimp e os comunicadores pessoais para Linux são gratuitos, a Sun deveria ter incluído esses softwares no sistema, pois eles fazem falta.
Para piorar, o StarOffice 7 está incompleto, pois só vem com editores de textos, planilhas e apresentações (não traz o software de desenhos presente em sua versão completa). Por outro lado, o pacote é compatível com os formatos de arquivo do Microsoft Office (DOC para textos, XLS para planilhas e PPT para apresentações).
A interface gráfica do Java Desktop System (Gnome) é bonita e tem um diferencial interessante: suas fontes já estão com o efeito de anti-serrilhamento (antialiasing) funcionando em todos os programas. O menu de programas é bom, pois seus itens estão agrupados de forma lógica e em quantidade muito menor do que nos tipos mais comuns de Linux.
O gerenciador de arquivos Nautilus, equivalente ao Windows Explorer, mostra automaticamente miniaturas das fotos gravadas no disco rígido, o que é bom, mas tem um defeito: não consegue ler os nomes de pastas que contenham caracteres especiais (como til ou cedilha).
O modem não foi reconhecido, o que é comum no Linux, mas a Sun poderia ter feito melhor: o Kurumin Linux, por exemplo, traz programas adaptadores para várias marcas de modem.
O Java Desktop System deixa a desejar, pois é inferior a versões do Linux que já estão disponíveis na internet.
Inacabado, Java Desktop System apresenta defeitos inaceitáveis
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da Folha de S.Paulo
A Sun Microsystems está lançando o Java Desktop System (wwws.sun.com/software/javadesktopsystem/index.html), que é um sistema operacional baseado no Linux e custa US$ 100 nos EUA (no lançamento, está custando US$ 50). Como é mantido e desenvolvido por voluntários, o Linux pode se beneficiar da ajuda da Sun. O navegador Mozilla (www.mozilla.org), por exemplo, deve parte de sua qualidade a funcionários da Netscape, que recebiam para ajudar os voluntários.
A versão final do Java Desktop System (leia uma avaliação em www.osnews.com/story.php?news_id=5286) vem em seis CDs e pode ser instalada no disco rígido do micro. A versão testada pela reportagem foi a de demonstração, que cabe em apenas um CD e não precisa ser instalada: basta inserir o disco e reiniciar o micro para que o sistema seja carregado.
Como não é gravada no disco rígido, ela traz uma limitação --todas as alterações são perdidas quando o micro é religado, ou seja, não é possível instalar programas nem mudar configurações permanentemente.
Mesmo considerando tratar-se de uma demonstração, a versão do Java Desktop System testada pela reportagem traz falhas injustificáveis. Ela não reconheceu o leitor de disquetes nem o chaveiro USB conectados ao micro, impedindo a gravação de arquivos.
Isso não é aceitável, pois o sistema operacional Kurumin Linux (www.guiadohardware.info/linux/kurumin), que também funciona direto do CD (sem instalação), reconhece disquetes e chaveiros USB sem problemas. Outro problema do Java Desktop System, que é comum em vários tipos de Linux, é que o sistema não escreve arquivos (só lê) em discos rígidos com a formatação NTFS --usada nas instalações do Windows 2000 e do Windows XP.
A coleção de programas inclusa no Java Desktop System é boa --compreende o pacote de escritório StarOffice 7, o software de e-mail Evolution e o navegador Mozilla--, mas carece de um programa de edição fotográfica e de um comunicador pessoal. Como o editor de imagens Gimp e os comunicadores pessoais para Linux são gratuitos, a Sun deveria ter incluído esses softwares no sistema, pois eles fazem falta.
Para piorar, o StarOffice 7 está incompleto, pois só vem com editores de textos, planilhas e apresentações (não traz o software de desenhos presente em sua versão completa). Por outro lado, o pacote é compatível com os formatos de arquivo do Microsoft Office (DOC para textos, XLS para planilhas e PPT para apresentações).
A interface gráfica do Java Desktop System (Gnome) é bonita e tem um diferencial interessante: suas fontes já estão com o efeito de anti-serrilhamento (antialiasing) funcionando em todos os programas. O menu de programas é bom, pois seus itens estão agrupados de forma lógica e em quantidade muito menor do que nos tipos mais comuns de Linux.
O gerenciador de arquivos Nautilus, equivalente ao Windows Explorer, mostra automaticamente miniaturas das fotos gravadas no disco rígido, o que é bom, mas tem um defeito: não consegue ler os nomes de pastas que contenham caracteres especiais (como til ou cedilha).
O modem não foi reconhecido, o que é comum no Linux, mas a Sun poderia ter feito melhor: o Kurumin Linux, por exemplo, traz programas adaptadores para várias marcas de modem.
O Java Desktop System deixa a desejar, pois é inferior a versões do Linux que já estão disponíveis na internet.
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