Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/02/2004 - 10h33

Inventor do primeiro vírus quer mais leis

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Fred Cohen --que criou, em 1983, o primeiro vírus de computador-- afirma que o responsável pela produção do vírus MyDoom deve ser tratado não apenas como criminoso, mas como terrorista. A opinião do atual professor de postura de segurança da University of New Haven (Connecticut) é que os usuários precisam mudar a forma como utilizam o PC.

O programador do primeiro vírus afirma que produziu o arquivo malicioso com propósito científico: "Fiz algo muito controlado e dentro de um laboratório. Não faria isso novamente hoje", diz. Fred Cohen sugere a reformulação do sistema de punição aos criadores de vírus. "Não são mais estudantes que fazem isso, por isso acredito que necessitamos de uma lei para brecar essa tendência na internet."

Segundo ele, a principal vantagem dos vírus de hoje é a falta de conhecimento dos usuários de computador. Fred Cohen defende a idéia de que o MyDoom pode ter um lado benéfico, porque alertou muitos usuários. "Ele foi apenas um de uma longa estrada que irá continuar até que nós mudemos a forma como fazemos coisas no computador."

A sugestão do professor da University of New Haven é que os programas de PC executem apenas tarefas que lhes dizem respeito. "Na minha época, não tínhamos tanta funcionalidade gratuita nos softwares. Ficou mais fácil agora", acrescenta ele.

Por acreditar que os atuais programas de PC têm mais liberdade do que precisam, Fred Cohen defende a idéia da criação de indenizações para casos de infecção de micros. "Eu pediria indenização à empresa do software por ela tê-lo vendido como sendo seguro contra vulnerabilidades."

Questionado sobre a atuação das empresas de antivírus, Fred Cohen afirma que elas perdem tempo. "As pessoas que perdem o seu tempo pensando que podem detê-los [os vírus] são improdutivas", diz ele.

"Ninguém pode ser perfeito em termos de software comercial porque não sabemos o que é perfeito", diz ele em trecho do seu site (all.net).
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página