Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/06/2004 - 09h49

Internautas querem erotismo, diz estudo

Publicidade

FERNANDO BADÔ
free-lance para a Folha de S.Paulo

Dados de uma recente pesquisa servem de base para reafirmar uma desconfiança que muita gente tinha: a pornografia é o tipo de conteúdo mais procurado pelos internautas, segundo números da Hitwise (www.hitwise.com), empresa norte-americana de pesquisas na internet.

O levantamento foi realizado na semana que terminou no dia 29 de maio. As páginas incluídas na categoria adulto foram visitadas por 18,8% dos internautas, enquanto as presentes na categoria ferramentas de busca e diretórios foram acessadas por 13,8% do total de quem navegou naquela semana.

Isoladamente, as principais ferramentas de busca --Google (www.google.com), Yahoo! (www.yahoo.com) e MSN (www.msn.com)-- respondem por 5,5 % dos acessos.

As outras categorias presentes entre as mais visitadas pelos navegadores americanos são entretenimento (8%), finanças e economia (7,4%) e compras (7%).

Mercado bilionário

Se internautas querem sexo, o que não falta são opções para saciar tais desejos. No final do ano passado, um estudo da empresa N2H2 (www.n2h2.com), especializada em pesquisas qualitativas de conteúdo de internet, revelou que mais de 1,3 milhão de servidores hospedam cerca de 260 milhões de páginas com conteúdo considerado erótico.

Essa quantidade pode ser justificada pelo grande retorno financeiro que tais sites proporcionam. Números do conselho nacional de pesquisas dos EUA (National Research Council; www.nas.edu/nrc) dão uma amostra de quanto os sites de conteúdo erótico podem ser lucrativos. A entidade estima que o comércio do sexo na internet --o que inclui valores pagos por internautas para ter acesso a páginas e vendas de produtos eróticos, entres outros itens-- movimenta anualmente cerca de US$ 1 bilhão.

Esse valor, que já é considerado elevado, pode crescer, já que em Wall Street, centro financeiro dos EUA, vários investidores vêem com bons olhos o investimento. O conselho estima que, em cinco anos, o montante movimentado por esse nicho do mercado deve saltar para um valor entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões.

Essa supervalorização financeira do erotismo na rede pode levar a longas batalhas judiciais pelos direitos sobre um domínio (endereço de site) de fácil memorização por parte dos internautas --conseqüentemente, muito lucrativo--, como no caso do endereço www.sex.com.

Brasil no escuro

Uma pesquisa do Ibope/Net Ratings divulgada na semana passada revelou que mais de 28 milhões de brasileiros adultos já acessaram a internet.

Apesar do número expressivo de internautas, há poucos dados sobre o quanto pode render financeiramente uma página de conteúdo adulto. Os próprios sites não têm números precisos.

No entanto é possível ter uma idéia de quão lucrativo é esse filão por aqui. O Sexy Clube (www.sexyclube.com.br), por exemplo, tem 9.000 assinantes, sem contar os assinantes do UOL, que também têm acesso ao conteúdo do site. O plano mínimo de assinatura é de R$ 13,90 por um mês.

Leia mais
  • Sites eróticos combinam informação e sedução
  • Sites adultos carregam ameaças para o computador
  • Especialistas detalham perfil dos usuários de páginas eróticas
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página