Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/07/2004 - 11h16

Saiba como funciona a "panelinha virtual" do Orkut

Publicidade

LULIE MACEDO
da Revista da Folha

Nada como a tecnologia para fazer a gente se sentir obsoleto. As novidades chegam de repente e se instalam com tudo, tornando inevitável aquela sensação de ter perdido o bonde. No caso do Orkut, então, isso ainda é mais forte: com 800 mil usuários no mundo --quase metade deles no Brasil--, não ser atingido pela ciranda é praticamente impossível.

Não é preciso entrar na onda. Assim como desperta paixões, o Orkut também gera muita rejeição, normalmente de gente que não vê qualquer utilidade ou diversão na brincadeira. Mas até para decidir entrar ou não, é bom saber o que está por trás dessa palavra esquisita de pronúncia duvidosa (em inglês, diz-se Órkãt, mas o nome é turco, como o criador).

O site funciona como um clube privé, só entra quem é convidado. Ao aderir à comunidade, cada um constrói uma página pessoal e cria sua lista de amigos, também membros do site. Como o sistema coloca o usuário sob constante avaliação dos demais, o cadastrado é praticamente impelido a dizer a verdade (ou ao menos parte dela), do contrário, não conseguirá ser identificado pelos outros e muito menos receber "notas" altas dos colegas --é assim que se conquista popularidade, razão de ser do Orkut.

Para os contagiados

Desde que aceitou aquele convite, suas amizades nunca mais foram as mesmas. Em vez de telefonemas ou e-mails, as conversas com os amigos acontecem pelo "scrapbook". Aquela pessoa com quem você só cruzava no elevador da firma de repente figura na sua lista de mais chegados. E os colegas mais tímidos passaram a dar calorosos "testemunhais" sobre a sua pessoa.

Essas são algumas coisas que acontecem depois que você adere ao Orkut. Mas participar da rede de relacionamentos mais popular do mundo também cria outras esquisitices virtuais. Por exemplo, um sujeito com quem você não vai muito com a cara --mas que é amigo do seu chefe-- de repente aparece pedindo para ser seu amigo. E para dizer não?

Você tem lá uma lista de 30 e poucos bons camaradas. Seus confrades, no entanto, são tão populares que ostentam centenas de amigos. Vai bancar o mal-amado ou tratar de expandir o círculo de amizades?

Essas e outras idiossincrasias são resultado do sistema desenvolvido pelo Orkut. Baseados no princípio de que um afago na auto-estima não faz mal a ninguém, seus criadores inventaram um círculo vicioso e viciante: quanto mais popular o usuário quiser ser, mais terá de usar o site e espalhar a notícia no mundo real. Ou seja, quanto mais sucesso você quiser fazer, mais bem-sucedido o Orkut será. Pois é, não existe almoço grátis, amigo.

Especial
  • Arquivo: leia mais notícias sobre o Orkut
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página