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27/10/2004
-
10h40
da Associated Press
Trinta e cinco anos após cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles ligarem dois computadores de grande porte usando um cabo de 4,5 metros para testar uma nova forma de trocar dados por meio de redes, o feito que definitivamente viria a se tornar a internet continua a ser um trabalho em andamento.
Pesquisadores de universidades vêm experimentando novas formas de aumentar a sua capacidade e velocidade. Programadores tentam dotar as páginas da internet com inteligência. E está em andamento um trabalho de reengenharia da rede com o objetivo de reduzir spams e problemas de segurança.
Pioneiros
Stephen Crocker e Vinton Cerf estavam entre os estudantes universitários que se juntaram ao professor Leonard Kleinrock, da Ucla, para um teste em um laboratório de engenharia, em 2 de setembro de 1969, enquanto bits de dados sem sentido fluíam entre dois computadores.
Mais tarde, no final da década de 70, surgiu o e-mail; um protocolo básico de comunicações chamado TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Nos anos 80 foi criado o sistema de nomes de domínio que, nos anos 90, seriam adotados pela rede mundial de computadores (World Wide Web).
A internet se expandiu para fora de seus domínios militares e acadêmicos, abrindo espaço para usuários comerciais e residenciais em todo o mundo.
Hoje, Crocker continua a desenvolver trabalhos na área de internet, projetando ferramentas mais avançadas para colaboração. Ele admite que a rede que ele ajudou a construir está longe da completitude, e mudanças são planejadas para atender à crescente demanda por multimídia. São necessárias melhores garantias para evitar os pulos e os engasgos comuns em vídeos on-line.
Cerf, que agora está na MCI, disse que gostaria de ter desenhado a internet com segurança incorporada. Ele trabalha num sistema de próxima geração denominado IPv6, para acomodar o contingente cada vez maior de dispositivos sem fio prontos para a internet, como consoles de jogos e até coleiras de cães.
Novas idéias
Enquanto isso, nas universidades, são desenvolvidos sistemas que funcionam de forma semelhante à internet. Dessa forma, aplicações que concentram um grande volume de dados, como videoconferência, imagens cerebrais e pesquisas climáticas globais não terão de competir com o e-mail e o e-commerce.
"Pense na estrada da informação com uma pista expressa. Algumas aplicações concentram um volume tão grande de dados que são simplesmente impraticáveis na internet atual", disse Tracy Futhey, presidente da National Lambda Rail. O projeto oferece aos seus membros linhas dedicadas de alta velocidade, de forma que os dados podem "chegar do ponto A ao ponto B sem competir com outro tráfego".
O explorador submarino Robert Ballard usou uma outra rede, a Internet2, para mostrar vídeos dos restos do Titanic. Segundo ele, a banda larga da internet pode transmitir apenas vídeos vagabundos e "não concorre com um olhar para fora da janela". Mas, com a Internet2, "câmeras dotadas de zoom de alta definição podem mostrar até um piscar de olhos".
Os pesquisadores do World Wide Web Consortium estão tentando tornar a informação cada vez mais inteligente. A Rede Semântica está sendo projetada para facilitar a localização e o processamento de dados pelos computadores.
Pense nas diferentes pesquisas de cientistas que estudam genes, proteínas e caminhos químicos. Com a Rede Semântica, adicionam-se identificadores à informação em bancos de dados, descrevendo genes e seqüências de proteínas. Um grupo pode usar um esquema e outra equipe, alguma outra coisa. A Rede Semântica poderia ajudar a ligar os dois. Finalmente, poderia ser escrito um software para processar os dados e fazer inferências que anteriormente necessitariam de intervenção humana.
Tradução de Angela Caracik
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Pesquisadores de universidades vêm experimentando novas formas de aumentar a sua capacidade e velocidade. Programadores tentam dotar as páginas da internet com inteligência. E está em andamento um trabalho de reengenharia da rede com o objetivo de reduzir spams e problemas de segurança.
Pioneiros
Stephen Crocker e Vinton Cerf estavam entre os estudantes universitários que se juntaram ao professor Leonard Kleinrock, da Ucla, para um teste em um laboratório de engenharia, em 2 de setembro de 1969, enquanto bits de dados sem sentido fluíam entre dois computadores.
Mais tarde, no final da década de 70, surgiu o e-mail; um protocolo básico de comunicações chamado TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Nos anos 80 foi criado o sistema de nomes de domínio que, nos anos 90, seriam adotados pela rede mundial de computadores (World Wide Web).
A internet se expandiu para fora de seus domínios militares e acadêmicos, abrindo espaço para usuários comerciais e residenciais em todo o mundo.
Hoje, Crocker continua a desenvolver trabalhos na área de internet, projetando ferramentas mais avançadas para colaboração. Ele admite que a rede que ele ajudou a construir está longe da completitude, e mudanças são planejadas para atender à crescente demanda por multimídia. São necessárias melhores garantias para evitar os pulos e os engasgos comuns em vídeos on-line.
Cerf, que agora está na MCI, disse que gostaria de ter desenhado a internet com segurança incorporada. Ele trabalha num sistema de próxima geração denominado IPv6, para acomodar o contingente cada vez maior de dispositivos sem fio prontos para a internet, como consoles de jogos e até coleiras de cães.
Novas idéias
Enquanto isso, nas universidades, são desenvolvidos sistemas que funcionam de forma semelhante à internet. Dessa forma, aplicações que concentram um grande volume de dados, como videoconferência, imagens cerebrais e pesquisas climáticas globais não terão de competir com o e-mail e o e-commerce.
"Pense na estrada da informação com uma pista expressa. Algumas aplicações concentram um volume tão grande de dados que são simplesmente impraticáveis na internet atual", disse Tracy Futhey, presidente da National Lambda Rail. O projeto oferece aos seus membros linhas dedicadas de alta velocidade, de forma que os dados podem "chegar do ponto A ao ponto B sem competir com outro tráfego".
O explorador submarino Robert Ballard usou uma outra rede, a Internet2, para mostrar vídeos dos restos do Titanic. Segundo ele, a banda larga da internet pode transmitir apenas vídeos vagabundos e "não concorre com um olhar para fora da janela". Mas, com a Internet2, "câmeras dotadas de zoom de alta definição podem mostrar até um piscar de olhos".
Os pesquisadores do World Wide Web Consortium estão tentando tornar a informação cada vez mais inteligente. A Rede Semântica está sendo projetada para facilitar a localização e o processamento de dados pelos computadores.
Pense nas diferentes pesquisas de cientistas que estudam genes, proteínas e caminhos químicos. Com a Rede Semântica, adicionam-se identificadores à informação em bancos de dados, descrevendo genes e seqüências de proteínas. Um grupo pode usar um esquema e outra equipe, alguma outra coisa. A Rede Semântica poderia ajudar a ligar os dois. Finalmente, poderia ser escrito um software para processar os dados e fazer inferências que anteriormente necessitariam de intervenção humana.
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