Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/12/2004 - 10h28

Na época de festas, internautas usam a rede para aliviar angústias

Publicidade

SUE ZEIDLER
da Reuters

No período de festas de final de ano, enfrentar a confusão nas lojas é um desafio. Mas, para alguns, mais difícil ainda é enfrentar a depressão, que contrasta com a alegria geral. Mergulhar no mundo on-line pode ser um caminho para encontrar apoio.

"A terapia via internet tem um valor inestimável nesta época do ano", disse John Grohol, porta-voz da International Society for Mental Health Online (Sociedade Internacional para Saúde Mental On-line, www.ismho.org), que promove o desenvolvimento de tecnologias na rede mundial de computadores para a comunidade de saúde mental.

Ação de Graças, Natal, Hanukah e véspera de Ano Novo freqüentemente trazem alegria para as pessoas, mas, também, evocam sentimentos de tristeza e depressão, exacerbados por perdas pessoais e pelo assédio da mídia com imagens idealizadas.

Lidar com esses sentimentos, expressando-os em blogues, descobrir grupos de apoio ou terapeutas on-line estão entre os usos que as pessoas podem dar à internet para passar por essa época, dizem os especialistas.

"As festas de fim de ano podem ser difíceis, e, agora, muitas pessoas conseguem ter o conforto de grupos de apoio na rede", disse James Radack, vice-presidente da National Mental Health Association (Associação Nacional de Saúde Mental).

"Considerando que as comunicações on-line são mais reconfortantes do que críticas não-construtivas, elas podem ser úteis nessa época do ano."

A rede atrai as pessoas que, talvez devido ao estigma social, adiam os custos e os inconvenientes da terapia tradicional.

Elas podem buscar ajuda por meio de clínicas on-line como a HelpHorizons, a Psychology Online ou a MyTherapy.Net , onde profissionais credenciados dão conselhos on-line por e-mail e salas de bate-papo.

O Find-a-Therapist (Encontre um Terapeuta, www.find-a-therapist.com) promove sessões on-line e apresenta um guia de saúde mental. Muitos terapeutas também dão conselhos on-line em seus próprios sites.

"Partimos de uns poucos profissionais provendo terapia on-line em 1996, para cerca de mil atualmente", disse Grohol, que espera que os números continuem crescendo.

Quanto mais os terapeutas adotam e-mails, salas de bate-papo, videoconferência e mensagens pela internet, mais eles mesmos alertam que tais métodos não resolvem todos os problemas.

Pacientes com doenças mentais graves e que precisam de medicações psicotrópicas provavelmente precisam de mais ajuda do que a que está disponível on-line, dizem os especialistas.

A abordagem via web parece mais adequada a pessoas que entendem de computadores e buscam ajuda para questões ou crises específicas.

"Algumas pessoas vieram inicialmente procurando alguma coisa sucinta, mas acabaram trabalhando questões mais significativas", disse DeeAnna Merz Nagel, recentemente nomeada presidente da International Society for Mental Health Online (Sociedade Internacional para Saúde Mental On-line) e investigadora forense certificada na área de entorpecentes. "Ela pode ser benéfica a curto e a longo prazos, dependendo da adaptação da pessoa à terapia on-line".

Tradução de Angela Caracik para a Folha de S.Paulo

Leia mais
  • Conselho de psicologia proíbe psicoterapia pela internet

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre terapia on-line
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página