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08/04/2005
-
10h48
da Folha Online
Milhares de fiéis que acompanharam o funeral do papa João Paulo 2º, nesta sexta-feira, tiraram fotos do acontecimento com a câmera de seus telefones celulares. O mesmo acontece desde o início da semana, quando fiéis puderam ver o corpo do sumo pontífice na basílica de São Pedro (Vaticano).
Em 1996, informa o jornal "The New York Times", João Paulo 2º estipulou alguns ritos funerários para papas. Esses ritos proíbem fotografias do papa "em seu leito de morte ou depois de morto, com exceção de imagens feitas por fotógrafos autorizados".
Sinais na basílica também informavam aos visitantes, esta semana, que era proibido tirar fotos no local.
"Está todo mundo tirando fotos, porque as pessoas querem lembrar desse momento", disse ao diário Antonio Parente, 19, que fez oito cliques durante os 30 segundos em que passou diante do corpo do papa. Segundo o jornal, nada foi feito para impedir os registros dos "fotógrafos".
"No passado, os peregrinos levavam com eles relíquias, como um pedaço de roupa", afirmou o comentarista Gianluca Nicoletti, do jornal italiano "La Stampa". "Aqui, observamos uma grande mudança, com eles levando para casa relíquias digitais".
O comentarista disse que, com o foco de todas as câmeras voltados para o local, a basílica de São Pedro tornou-se uma espécie de santuário do mundo digital. "Em vez de orar e cantar músicas religiosas, muitas pessoas tiravam fotos, porque esses visitantes faziam parte de um evento paralelo."
Antonio Parente, que tirou as oito fotos, esperou com mais sete amigos durante 12 horas para ver o sumo pontífice e quis aproveitar ao máximo a ocasião. "Era preciso bater as fotos muito rápido", afirma, mostrando as imagens. "O papa foi muito importante para a história e ninguém poderá substitui-lo", completa.
Luca Sabeta, 34, um policial italiano, afirma que salvará as fotos para seus filhos adolescentes. "A intenção não é colocar como proteção de tela, ou algo do tipo, porque as imagens representam uma lembrança espiritual."
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Milhares de fiéis que acompanharam o funeral do papa João Paulo 2º, nesta sexta-feira, tiraram fotos do acontecimento com a câmera de seus telefones celulares. O mesmo acontece desde o início da semana, quando fiéis puderam ver o corpo do sumo pontífice na basílica de São Pedro (Vaticano).
Em 1996, informa o jornal "The New York Times", João Paulo 2º estipulou alguns ritos funerários para papas. Esses ritos proíbem fotografias do papa "em seu leito de morte ou depois de morto, com exceção de imagens feitas por fotógrafos autorizados".
Sinais na basílica também informavam aos visitantes, esta semana, que era proibido tirar fotos no local.
"Está todo mundo tirando fotos, porque as pessoas querem lembrar desse momento", disse ao diário Antonio Parente, 19, que fez oito cliques durante os 30 segundos em que passou diante do corpo do papa. Segundo o jornal, nada foi feito para impedir os registros dos "fotógrafos".
"No passado, os peregrinos levavam com eles relíquias, como um pedaço de roupa", afirmou o comentarista Gianluca Nicoletti, do jornal italiano "La Stampa". "Aqui, observamos uma grande mudança, com eles levando para casa relíquias digitais".
O comentarista disse que, com o foco de todas as câmeras voltados para o local, a basílica de São Pedro tornou-se uma espécie de santuário do mundo digital. "Em vez de orar e cantar músicas religiosas, muitas pessoas tiravam fotos, porque esses visitantes faziam parte de um evento paralelo."
Antonio Parente, que tirou as oito fotos, esperou com mais sete amigos durante 12 horas para ver o sumo pontífice e quis aproveitar ao máximo a ocasião. "Era preciso bater as fotos muito rápido", afirma, mostrando as imagens. "O papa foi muito importante para a história e ninguém poderá substitui-lo", completa.
Luca Sabeta, 34, um policial italiano, afirma que salvará as fotos para seus filhos adolescentes. "A intenção não é colocar como proteção de tela, ou algo do tipo, porque as imagens representam uma lembrança espiritual."
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