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27/04/2005
-
14h40
da Folha Online
O Brasil poderia economizar R$ 85 milhões por ano caso deixasse de pagar licenças de uso de software. A informação tem como base a pesquisa "Impacto do Software Livre e de Código Aberto na Indústria de Software do Brasil", encomendada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e divulgada hoje.
O estudo mostra que há cerca de 195 mil servidores e 561 mil desktops operando com Linux no país, o que cria um mercado de R$ 77 milhões baseado nessa plataforma. Cerca de 12% dos servidores instalados no Brasil são Linux, contra 60% Windows.
O potencial de crescimento do Linux será de 2,5 a 3 nos próximos anos, fazendo com que esse sistema movimente entre R$ 192 milhões e R$ 231 milhões em 2008. Essa alternativa, que em 2003 respondeu por 9% do mercado mundial de sistemas operacionais, deve conquistar 18% do setor até 2007.
A maioria das empresas usuárias de software livre identificadas pela pesquisa é de porte médio ou grande --64% têm faturamento superior a R$ 1 milhão por ano e 65% contam com mais de 99 funcionários. Para os usuários individuais, a pouca maturidade das interfaces gráficas ainda é um problema para o uso mais difundido da alternativa.
Motivação
Há quatro principais motivações para o uso do software livre: técnicas, econômico-financeiras, capacitação e ideológicas.
Enquanto empresas e usuários individuais são motivadas por questões técnicas e econômicas, desenvolvedores individuais citam questões de capacitação (aprendizado) e empregabilidade (efeito vitrine) como prioridade. Alguns poucos utilizam essa alternativa exclusivamente por questões ideológicas.
Desenvolvedores
O perfil dos desenvolvedores brasileiros é muito semelhante ao perfil europeu: profissionalizado, com predominância de profissionais qualificados. Idade, estado civil, situação empregatícia, renda e renda advinda do trabalho com software também são semelhantes, afirma o estudo.
As diferenças aparecem no nível de escolaridade (no Brasil apenas 42% graduados, contra 70% no cenário internacional) e a ocupação principal --no país há mais técnicos programadores, administradores de rede e suporte do que engenheiros de software e correlatos.
A pesquisa identificou três tipos de empresas desenvolvedoras de programas com código aberto. O primeiro grupo é formado por pequenas e médias companhias, fundadas nas décadas de 80 e 90, que no início de suas atividades eram dedicadas ao software proprietário. Elas migraram para o desenvolvimento do software livre principalmente por exigências do mercado.
O segundo grupo inclui pequenas e médias organizações com fundação mais recente, que têm grande parte de suas atividades voltadas para códigos abertos. A terceira divisão trata de grandes empresas, algumas delas multinacionais, que também ingressaram no mundo de software livre.
A pesquisa com um ano de duração foi realizada pela Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) e DPCT (Departamento de Política Científica e Tecnológica) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Os dados levantados têm quatro fontes: um painel com especialistas da academia, das empresas desenvolvedoras e usuárias, do governo e da comunidade de software livre e código aberto; uma enquete eletrônica com 3.657 respondentes; um conjunto de entrevistas com empresas desenvolvedoras e usuárias de soluções de código aberto; e um levantamento de informações secundárias sobre empresas que lidam com essa tecnologia no Brasil.
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O estudo mostra que há cerca de 195 mil servidores e 561 mil desktops operando com Linux no país, o que cria um mercado de R$ 77 milhões baseado nessa plataforma. Cerca de 12% dos servidores instalados no Brasil são Linux, contra 60% Windows.
O potencial de crescimento do Linux será de 2,5 a 3 nos próximos anos, fazendo com que esse sistema movimente entre R$ 192 milhões e R$ 231 milhões em 2008. Essa alternativa, que em 2003 respondeu por 9% do mercado mundial de sistemas operacionais, deve conquistar 18% do setor até 2007.
A maioria das empresas usuárias de software livre identificadas pela pesquisa é de porte médio ou grande --64% têm faturamento superior a R$ 1 milhão por ano e 65% contam com mais de 99 funcionários. Para os usuários individuais, a pouca maturidade das interfaces gráficas ainda é um problema para o uso mais difundido da alternativa.
Motivação
Há quatro principais motivações para o uso do software livre: técnicas, econômico-financeiras, capacitação e ideológicas.
Enquanto empresas e usuários individuais são motivadas por questões técnicas e econômicas, desenvolvedores individuais citam questões de capacitação (aprendizado) e empregabilidade (efeito vitrine) como prioridade. Alguns poucos utilizam essa alternativa exclusivamente por questões ideológicas.
Desenvolvedores
O perfil dos desenvolvedores brasileiros é muito semelhante ao perfil europeu: profissionalizado, com predominância de profissionais qualificados. Idade, estado civil, situação empregatícia, renda e renda advinda do trabalho com software também são semelhantes, afirma o estudo.
As diferenças aparecem no nível de escolaridade (no Brasil apenas 42% graduados, contra 70% no cenário internacional) e a ocupação principal --no país há mais técnicos programadores, administradores de rede e suporte do que engenheiros de software e correlatos.
A pesquisa identificou três tipos de empresas desenvolvedoras de programas com código aberto. O primeiro grupo é formado por pequenas e médias companhias, fundadas nas décadas de 80 e 90, que no início de suas atividades eram dedicadas ao software proprietário. Elas migraram para o desenvolvimento do software livre principalmente por exigências do mercado.
O segundo grupo inclui pequenas e médias organizações com fundação mais recente, que têm grande parte de suas atividades voltadas para códigos abertos. A terceira divisão trata de grandes empresas, algumas delas multinacionais, que também ingressaram no mundo de software livre.
A pesquisa com um ano de duração foi realizada pela Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) e DPCT (Departamento de Política Científica e Tecnológica) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Os dados levantados têm quatro fontes: um painel com especialistas da academia, das empresas desenvolvedoras e usuárias, do governo e da comunidade de software livre e código aberto; uma enquete eletrônica com 3.657 respondentes; um conjunto de entrevistas com empresas desenvolvedoras e usuárias de soluções de código aberto; e um levantamento de informações secundárias sobre empresas que lidam com essa tecnologia no Brasil.
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