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20/06/2005 - 19h57

Desinformação marca estréia de programa de micro popular

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

A estréia do programa de inclusão digital do governo Lula foi marcada pela desinformação e por dúvidas sobre o repasse do benefício fiscal aos consumidores.

No fim de semana, os internautas se decepcionaram ao tentar comprar micro a preço mais baixo. Nos sites das principais redes de varejo, não havia menção visível ao projeto. Antes, havia promessas de início da venda do produto livre de tributos (PIS/Pasep e Cofins).

O site do Extra, que prometeu reduzir os preços no sábado, por exemplo, não fez menção visível ao programa "Computador Para Todos". O Extra faz parte do grupo Pão de Açúcar, maior rede de varejo do país.

O governo e o setor de informática travaram nos últimos meses intensas negociações sobre as regras do programa "Computador Para Todos" --antes chamado de "PC Conectado".

O objetivo é colocar nas prateleiras uma máquina mais simples por um preço de até R$ 1.400 com financiamento a juros menores em bancos públicos (BB e Caixa). Esse equipamento tem de seguir uma configuração técnica pré-definida pelo governo, como a adoção de um software livre (Linux, por exemplo).

Mas o projeto prevê ainda a venda de micros de até R$ 2.500, livre de tributos, com a vantagem de não exigir uma configuração específica. Assim, busca-se aumentar o número de brasileiros com acesso a micros e também à internet.

Campanhas no forno

Com a entrada do projeto em vigor na semana passada, alguns fabricantes e varejo optaram por iniciar uma fase de silêncio. O principal motivo, segundo as companhias, é a necessidade de "entender" melhor as mudanças decorrentes do projeto. Casas Bahia e Dell fazem parte desse grupo.

Entre as empresas, predomina ainda a divulgação de informações vagas, sem detalhes, sobre o programa. Mas enquanto se adapta às novidades, o setor prepara campanhas publicitárias para popularizar o programa e reduzir a desinformação com o público.

O governo afirma que, em algumas semanas, deve veicular propagandas institucionais. Não está ainda claro como os consumidores vão saber se o preço do micro encontrado na prateleira, de até R$ 2.500, está realmente isento dos tributos, como manda a "MP do Bem".

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