13/07/2005 - 17h24

BNDES promete monitorar varejo para garantir micro mais barato

CLARICE SPITZ
da Folha Onlne

O BNDES ((Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai cobrar relatórios trimestrais das redes varejistas que pedirem financiamento no programa de inclusão digital "Computador Para Todos" --antes chamado de "PC Conectado".

Os relatórios --que serão de auditorias cadastradas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários)-- serão uma forma de o banco garantir que as redes de varejo estão cobrando juros de até 3% ao mês do consumidor.

O BNDES, no entanto, faz uma distinção e privilegia a rede varejista que cobrar juros de 2% ao mês ao consumidor. Se cobrar 2%, a rede pagará pelo financiamento o valor que se refere à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) --atualmente em 9,75%-- acrescida de juros de 1% ao ano, em vez de 4,5% ao ano.

Pelas regras do BNDES, a rede de varejo deve informar qual o juros que vai cobrar do consumidor no momento que pedir o financiamento.

Fabricantes

Segundo o chefe do departamento de operações indiretas do BNDES, Cláudio Figueiredo Coelho Leal, para o programa decolar falta apenas que os fabricantes credenciem os microcomputadores para que o banco verifique se elas obedecem às normas de configuração do governo federal. São os fabricantes que atestam ao BNDES se as máquinas cumprem a configuração determinada pelo governo.

Pelo programa, micros de até R$ 1.400 que seguem as configurações estipuladas poderão ser parcelados em até 24 prestações de R$ 70. O valor final a ser pago inclui os juros cobrados na venda a prazo.

Para se encaixar nessa categoria, o equipamento, de qualquer marca, deve utilizar obrigatoriamente software livre, como o Linux. Além disso, precisa contar com um processador de 1,5 GHz, disco rígido de 40 GB, memória RAM de 128 MB, monitor de 15 polegadas, unidade de disco flexível, unidade de CD-ROM, modem de 56 K, placas de vídeo, áudio e rede on-board, mouse, teclado e porta USB e 26 programas.

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