Publicidade
Publicidade
18/08/2005
-
10h38
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
Há alguns anos foi a vez de os celulares invadirem bolsos, bolsas e todo e qualquer espaço público. Agora que o equipamento se tornou comum chegou a hora de os ringtones (toques de celular) causarem uma revolução, já em andamento. Além de movimentar US$ 5 bilhões em todo o mundo este ano, a crescente popularidade desses toques cria oportunidades para um grupo de profissionais: o dos músicos.
Maurício Roger Simão, 31, embarcou nesse mercado em novembro de 2004, quando passou a produzir ringtones para a Toing. "É preciso entender de música e também de computadores, para que o profissional consiga acompanhar todo o processo de produção", diz o trombonista que já trabalhou no Centro de Computação Eletrônica da USP.
Cada toque demora cerca de duas horas para ficar pronto e ganha cerca de 16 formatos diferentes: um monofônico (um instrumento) e três polifônicos (oito, 16 e 32 instrumentos) adaptados para diferentes modelos de aparelhos. A melodia dos instrumentos e a voz dos cantores são feitas em teclados e transferidas para o computador.
"Em alguns casos fazemos isso direto no micro [com o programa Cakewalk], especificando as notas e sua duração", diz o músico que trabalha com outros cinco profissionais no estúdio da Toing. Sua afirmação reforça a necessidade de conhecimento nas áreas musical e de informática.
Quando os responsáveis pela produção de ringtones cometem erros, é bem provável que eles sejam pegos pelos ouvidos mais apurados. "Me irrito quando ouço um toque errado. Me incomoda mesmo, quero saber quem fez aquilo com a música", afirma Simão, que tem em seu celular o toque do filme "Missão Impossível" e uma versão de "Sítio do Picapau Amarelo".
Escolha
Para decidir quais músicas entrarão no catálogo de ringtones, as empresas que comercializam os toques digitais devem estar sempre antenadas. Elas têm de saber quais são as músicas mais tocadas nas rádios, na MTV, nas festas e aquelas que serão sucesso nos próximos meses.
Com o objetivo de criar tendências, o Ligaki reforçou sua equipe de "antenados" fazendo uma parceria com o grupo RapSoulFunk, que organiza festas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
"Eles nos deram a dica sobre 'Senhorita', som do Motirô que tocava em festas bacanas, e decidimos apostar. Esse foi o primeiro caso no Brasil em que a música tornou-se popular nos celulares para depois tocar nas rádios", diz Leonardo Xavier, diretor da empresa.
Leia mais
Kelly Key e Latino vão "brigar" no ranking de toques de celular
Músicas para celular devem movimentar US$ 9,3 bi em 2009
Conteúdo para celulares deve movimentar US$ 43 bi em 2010
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ringtones
Popularidade de ringtones amplia mercado de trabalho dos músicos
Publicidade
da Folha Online
Há alguns anos foi a vez de os celulares invadirem bolsos, bolsas e todo e qualquer espaço público. Agora que o equipamento se tornou comum chegou a hora de os ringtones (toques de celular) causarem uma revolução, já em andamento. Além de movimentar US$ 5 bilhões em todo o mundo este ano, a crescente popularidade desses toques cria oportunidades para um grupo de profissionais: o dos músicos.
Maurício Roger Simão, 31, embarcou nesse mercado em novembro de 2004, quando passou a produzir ringtones para a Toing. "É preciso entender de música e também de computadores, para que o profissional consiga acompanhar todo o processo de produção", diz o trombonista que já trabalhou no Centro de Computação Eletrônica da USP.
Cada toque demora cerca de duas horas para ficar pronto e ganha cerca de 16 formatos diferentes: um monofônico (um instrumento) e três polifônicos (oito, 16 e 32 instrumentos) adaptados para diferentes modelos de aparelhos. A melodia dos instrumentos e a voz dos cantores são feitas em teclados e transferidas para o computador.
"Em alguns casos fazemos isso direto no micro [com o programa Cakewalk], especificando as notas e sua duração", diz o músico que trabalha com outros cinco profissionais no estúdio da Toing. Sua afirmação reforça a necessidade de conhecimento nas áreas musical e de informática.
Quando os responsáveis pela produção de ringtones cometem erros, é bem provável que eles sejam pegos pelos ouvidos mais apurados. "Me irrito quando ouço um toque errado. Me incomoda mesmo, quero saber quem fez aquilo com a música", afirma Simão, que tem em seu celular o toque do filme "Missão Impossível" e uma versão de "Sítio do Picapau Amarelo".
Escolha
Para decidir quais músicas entrarão no catálogo de ringtones, as empresas que comercializam os toques digitais devem estar sempre antenadas. Elas têm de saber quais são as músicas mais tocadas nas rádios, na MTV, nas festas e aquelas que serão sucesso nos próximos meses.
Com o objetivo de criar tendências, o Ligaki reforçou sua equipe de "antenados" fazendo uma parceria com o grupo RapSoulFunk, que organiza festas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
"Eles nos deram a dica sobre 'Senhorita', som do Motirô que tocava em festas bacanas, e decidimos apostar. Esse foi o primeiro caso no Brasil em que a música tornou-se popular nos celulares para depois tocar nas rádios", diz Leonardo Xavier, diretor da empresa.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Novo acelerador de partículas brasileiro deve ficar pronto até 2018
- Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a carícias
- Maratona hacker da ONU premia app que conecta médico a pacientes do SUS
- Confira lista de feeds do site da Folha
- Facebook e Google colaboram para combater notícias falsas na França
+ Comentadas