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18/08/2005
-
11h48
da Folha Online
Os ataques virtuais desta semana --com foco em uma brecha de segurança no Windows, divulgada pela Microsoft-- causaram estrago. No entanto, dizem alguns especialistas, a quantidade de máquinas infectadas pela epidemia mostra que os vírus do passado eram capazes de causar ainda mais dor de cabeça.
O possível enfraquecimento dessas invasões --que ainda podem incomodar muito-- são um sinal de que os usuários estão mais atentos. Segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Associated Press, esses internautas acompanham as atualizações e baixam esses arquivos assim que disponíveis.
"Em geral, as empresas estão fazendo um trabalho muito melhor em relação à segurança, ficando em dia com as atualizações dos sistemas", afirma Martha Stuart, pesquisadora da empresa britânica de segurança Sophos.
"As vítimas dessa última epidemia sofreram conseqüências e estamos trabalhando para que eles se recuperem o quanto antes. Mas, em termos de números, podemos dizer que esse ataque foi mais baixo do que outros vistos no passado", diz Debby Fry Wilson, da Microsoft. Um dos exemplos mais marcantes é o do vírus "I Love You", que em poucos dias se espalhou por 45 milhões de micros em todo o mundo.
Em um comunicado, a empresa de segurança Kaspersky afirmou que não há motivo para muita preocupação. A companhia lembra que durante a epidemia do Sasser, em maio de 2004, houve aumento de 20% a 40% no tráfego da internet.
A Arbor Networks discorda da opinião desses especialistas e afirma que os ataques estão sendo subestimados. "Recebemos ligações de empresas grandes que foram devastadas pelo vírus Zotob. O fato de o vírus ter diversas variantes, sendo que uma delas se espalha via e-mail, mostra que ele tem potencial para causar ainda mais problemas.
Trabalho
Independente do tamanho do problema, que ainda não pode ser medido, as vítimas das pragas tiveram de trabalhar na quarta-feira para se livrar dos códigos maliciosos.
Diversos computadores de escritórios da Boeing na Califórnia foram infectados. Eles tiveram de ser isolados para que técnicos fizessem a remoção das pragas, causando "inconveniências". Segundo o porta-voz Robert Jorgensen, da companhia, as pragas não afetaram "operações críticas".
Na terça-feira, as pragas invadiram os computadores de grandes empresas de comunicação norte-americanas. Entre elas a CNN, ABC, a agência de notícias Associated Press e o jornal "The New York Times". Os códigos maliciosos também chegaram ao Congresso e causaram problemas na indústria de maquinarias agrícolas Caterpillar, no Estado de Illinois.
Vilões
Todo o transtorno está ligado a seis famílias de vírus. Considerando suas variantes, eles somam 11 pragas, que foram criadas em cerca de uma semana. Todos exploram uma brecha relacionada à função Plug and Play do sistema operacional Windows, divulgada na terça-feira da semana passada no boletim MS05-039, da Microsoft.
As 11 pragas --entre elas diversas variantes do Zotob-- utilizam computadores ligados em rede para se propagar. Quando infectam um micro, elas se convertem em plataformas de lançamento de novos ataques e deixam o sistema aberto para que usuários remotos tomem conta da máquina infectada.
A exceção fica por conta do Zobot.C, que também se espalha via e-mails. Essa versão tem como principal alvo o Brasil, país seguido por Estados Unidos e China no ranking dos mais afetados.
O Brasil também está na mira do Zotob.D, vírus que foi identificado no país nesta quarta-feira --antes disso, não havia qualquer registro da praga. Além da "família" Zotob, os outros códigos que aproveitam a brecha do Windows são variantes do Rbot, SDBot, Drudgebot, Bobax e Esbot.
Os usuários podem se proteger dos vírus fazendo as atualizações já disponíveis no site da Microsoft.
Com agências internacionais
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Os ataques virtuais desta semana --com foco em uma brecha de segurança no Windows, divulgada pela Microsoft-- causaram estrago. No entanto, dizem alguns especialistas, a quantidade de máquinas infectadas pela epidemia mostra que os vírus do passado eram capazes de causar ainda mais dor de cabeça.
O possível enfraquecimento dessas invasões --que ainda podem incomodar muito-- são um sinal de que os usuários estão mais atentos. Segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Associated Press, esses internautas acompanham as atualizações e baixam esses arquivos assim que disponíveis.
"Em geral, as empresas estão fazendo um trabalho muito melhor em relação à segurança, ficando em dia com as atualizações dos sistemas", afirma Martha Stuart, pesquisadora da empresa britânica de segurança Sophos.
"As vítimas dessa última epidemia sofreram conseqüências e estamos trabalhando para que eles se recuperem o quanto antes. Mas, em termos de números, podemos dizer que esse ataque foi mais baixo do que outros vistos no passado", diz Debby Fry Wilson, da Microsoft. Um dos exemplos mais marcantes é o do vírus "I Love You", que em poucos dias se espalhou por 45 milhões de micros em todo o mundo.
Em um comunicado, a empresa de segurança Kaspersky afirmou que não há motivo para muita preocupação. A companhia lembra que durante a epidemia do Sasser, em maio de 2004, houve aumento de 20% a 40% no tráfego da internet.
A Arbor Networks discorda da opinião desses especialistas e afirma que os ataques estão sendo subestimados. "Recebemos ligações de empresas grandes que foram devastadas pelo vírus Zotob. O fato de o vírus ter diversas variantes, sendo que uma delas se espalha via e-mail, mostra que ele tem potencial para causar ainda mais problemas.
Trabalho
Independente do tamanho do problema, que ainda não pode ser medido, as vítimas das pragas tiveram de trabalhar na quarta-feira para se livrar dos códigos maliciosos.
Diversos computadores de escritórios da Boeing na Califórnia foram infectados. Eles tiveram de ser isolados para que técnicos fizessem a remoção das pragas, causando "inconveniências". Segundo o porta-voz Robert Jorgensen, da companhia, as pragas não afetaram "operações críticas".
Na terça-feira, as pragas invadiram os computadores de grandes empresas de comunicação norte-americanas. Entre elas a CNN, ABC, a agência de notícias Associated Press e o jornal "The New York Times". Os códigos maliciosos também chegaram ao Congresso e causaram problemas na indústria de maquinarias agrícolas Caterpillar, no Estado de Illinois.
Vilões
Todo o transtorno está ligado a seis famílias de vírus. Considerando suas variantes, eles somam 11 pragas, que foram criadas em cerca de uma semana. Todos exploram uma brecha relacionada à função Plug and Play do sistema operacional Windows, divulgada na terça-feira da semana passada no boletim MS05-039, da Microsoft.
As 11 pragas --entre elas diversas variantes do Zotob-- utilizam computadores ligados em rede para se propagar. Quando infectam um micro, elas se convertem em plataformas de lançamento de novos ataques e deixam o sistema aberto para que usuários remotos tomem conta da máquina infectada.
A exceção fica por conta do Zobot.C, que também se espalha via e-mails. Essa versão tem como principal alvo o Brasil, país seguido por Estados Unidos e China no ranking dos mais afetados.
O Brasil também está na mira do Zotob.D, vírus que foi identificado no país nesta quarta-feira --antes disso, não havia qualquer registro da praga. Além da "família" Zotob, os outros códigos que aproveitam a brecha do Windows são variantes do Rbot, SDBot, Drudgebot, Bobax e Esbot.
Os usuários podem se proteger dos vírus fazendo as atualizações já disponíveis no site da Microsoft.
Com agências internacionais
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