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05/09/2005 - 11h35

Consumidor deve fugir de armadilhas ao comprar seu 1º micro

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

Empolgados com as facilidades oferecidas pelo programa de inclusão digital "Computador Para Todos", os consumidores podem adquirir micros que, muitas vezes, não satisfazem suas necessidades digitais. Por isso, antes de comprar um computador é importante estar atento a alguns cuidados que podem evitar frustrações.

O primeiro passo é o usuário definir exatamente aquilo que busca antes de ir até uma loja. "Ele tem de saber explicar ao vendedor o que precisa, e deixar claro se tem alguma necessidade específica", afirma José Antonio Ramalho, colaborador do caderno de Informática da Folha de S.Paulo, escritor e consultor de tecnologia.

Aqueles que optarem por computadores com sistema operacional de código aberto, por exemplo, devem saber se os programas desta plataforma são compatíveis com aqueles do Windows. Isso evita problemas na hora de enviar e receber arquivos. "Há milhares de pequenas empresas que ainda são órfãs digitais. Quando comprarem computadores, elas devem estar atentas à questão da compatibilidade, pois precisarão se comunicar com parceiros", continua.

Já para os usuários que gostam de jogos, uma boa placa de vídeo pode ser mais importante do que um disco rígido com alta capacidade de armazenamento. Um internauta que trabalha com imagens, por outro lado, dará prioridade a um monitor grande, enquanto aquele que escreve muito pode optar por um teclado com mais recursos.

Essas alternativas fogem das limitações impostas por uma das frentes do programa do governo de inclusão digital. O "Computador Para Todos" --que elimina o PIS e Cofins dos micros de até R$ 2.500-- só facilita o financiamento de máquinas de até R$ 1.400 que seguem uma configuração pré-estabelecida. Entre as exigências estão memória RAM de 128 MB, monitor de 15 polegadas e software livre.

Memória

Alguns desses itens desagradam especialistas, mesmo quando se trata do primeiro computador de um usuário. "Nunca compre um micro com 128 MB de memória. A diferença de capacidade em relação ao de 256 MB é brutal, e o preço não muda muito", ensina Carlos Eduardo Morimoto, escritor, desenvolvedor Linux e editor do Guia do Hardware. "Se o vendedor optou por gastar R$ 25 a menos em memória, pode ter certeza que já economizou em todos os outros componentes possíveis."

Morimoto também condena o uso de peças remanufaturadas --elas já deram problemas, foram trocadas pelo fabricante dentro da garantia, reparadas e vendidas novamente por preço e garantia menores. "Naturalmente, elas têm uma tendência muito maior a dar problemas", diz o especialista.

Para fugir dessa armadilha, o usuário não deve comprar, por exemplo, HDs e placas-mãe com apenas três meses de garantia --o ideal é que o prazo seja de um ano. A segurança só estará completa se a chance de o fabricante continuar no mercado durante o período for grande. Daí a importância de comprar produtos de empresas conhecidas.

Lojas

As opiniões dos especialistas divergem quando o assunto é o lugar onde os usuários com pouco conhecimento técnico devem comprar seus micros. "Em função da inexperiência, esse consumidor deve procurar grandes lojas em que possa confiar. É melhor ele pagar mais caro e ter segurança em um primeiro momento, até que adquira conhecimento técnico para comprar em montadoras", diz Ramalho.

Para Morimoto, as redes varejistas são o pior lugar para comprar micros. "Elas trabalham com margem de lucro alta, não possuem vendedores com conhecimento técnico para orientar os clientes e não oferecem suporte --isso fica a cargo do fabricante, que raramente faz um bom trabalho", diz.

O editor do Guia do Hardware sugere as lojas de informática indicadas por conhecidos que tiveram boas experiências. "Se pesquisar bem, o consumidor pode chegar a uma equipe competente que ofereça um nível adequado de suporte."

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