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09/10/2005
-
10h11
MARÍA LORENTE
da France Presse, em Los Angeles
Seja você asiático, muçulmano, judeu, gordo, magro, jovem ou idoso, os sites de encontros on-line prometem encontrar sua alma gêmea, mas a indústria do cupido pela internet não demonstra a mesma pujança de antes.
De 2000 a 2003 a indústria on-line para a busca de um par cresceu vertiginosamente, mas a partir de 2004 o ritmo caiu, informou a empresa JupiterResearch.
"Neste último período houve crescimento, mas foi muito menor", disse Bill Tancer, analista da Hitwise, empresa que acompanha as tendências da internet.
"No início de 2000 o crescimento foi enorme", assegurou o analista, que acompanhou os resultados de pelo menos 873 empresas que prometem amor via internet nos Estados Unidos.
Foi assim que o setor que promove a procura pela princesa ou pelo príncipe encantado se converteu rapidamente na maior atração da rede depois da indústria pornográfica.
O preconceito baseado na idéia de que estes serviços atendiam apenas aos "perversos" ou "solitários" ficou para trás.
Segundo a MarketWatch, dois em cada cinco solteiros nos Estados Unidos tentaram encontrar um par na internet.
Em uma indústria tão pulsante, os sites floresceram e se tornaram mais específicos.
Atualmente, até as pessoas mais seletas podem encontrar sua cara-metade na rede, que oferece a felicidade eterna para muçulmanos (muslimmatch.com), judeus (jewishfriendfinder.com), gordos (bbnetwork.com), idosos (seniordatefinder.com), amantes dos animais (datemypet.com), lésbicas (lesbianspersonalsonline.com), republicanos (singlerepublican.com) e outros.
Aproveitando este crescimento também foram lançados livros com sugestões para que as relações amorosas cibernéticas sejam um sucesso ou com experiências pessoais sobre a procura de um amor como "At the coffee shop", de Cherie Burbach.
Também surgiram sites que servem de guia aos que escolhem este caminho, como "DateSeeker.net", que analisam as vantagens do "Yahoo Personals", "Matchmaker.com", "www.eHarmony.com", "Great expectations" e outros.
No início do ano a JupiterResearch informou que em 2002 e 2003 a indústria do romance cibernético registrou um aumento no uso de usuários de 73 e 77% respectivamente.
Mas nos últimos anos a tendência caiu. "Em 2004, a indústria cresceu apenas 19% e em 2005 crescerá apenas 9% alcançando os US$ 516 milhões", ressaltou Nate Elliot, analista da jupiterresearch.com.
"O grande crescimento nos Estados Unidos chegou ao fim. E as coisas vão ficar piores", previu.
Para Tancer, isto não significa que o setor vá desaparecer.
Segundo ele, o "on-line dating" foi substituído pelos sites na rede abertos ou por grupos de encontro chamados "social networking sites", que são mais generalizados e não carregam o estigma "estou só, quero um par".
"Atualmente, a grande maioria de usuários prefere as grandes companhias como a 'Match.com' ou o 'Yahoo personals', que oferecem grande variedade e maiores possibilidades de êxito", acrescentou.
A lentidão do crescimento ocorre também porque --da mesma forma que muitos métodos tradicionais-- os usuários continuaram sozinhos após uma longa lista de encontros decepcionantes como está registrado na "edatereview.com" ou no "datingsitesreviewonline.net".
"Homens ficam furiosos ao ver que as mulheres dez anos mais novas que eles não respondem a seus e-mails. As mulheres se aborrecem ao ver que não podem encontrar um homem da mesma idade que elas que tenha 1,80 m de altura e receba um salário de milhões de dólares anuais", escreve a "Online dating Insider".
Uma designer gráfica de 39 anos moradora de Nova York utilizou o serviço "www.nerve.com" para encontrar um homem com cerca de 40 anos, que tivesse viajado e "com objetivos claros".
Mas após uma longa busca, a mulher, que pediu para não ser identificada, se deu conta de que "não chegou a lugar nenhum".
A decepção também levou Soheil Davood a processar a "JDate.com" por "sérios danos psicológicos". O site assegurou que ele ia encontrar uma judia ideal "sem perder tempo". Ao contrário, encontrou uma mulher que o assediou sexualmente e disse que provavelmente "havia encontrado o homem de sua vida".
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da France Presse, em Los Angeles
Seja você asiático, muçulmano, judeu, gordo, magro, jovem ou idoso, os sites de encontros on-line prometem encontrar sua alma gêmea, mas a indústria do cupido pela internet não demonstra a mesma pujança de antes.
De 2000 a 2003 a indústria on-line para a busca de um par cresceu vertiginosamente, mas a partir de 2004 o ritmo caiu, informou a empresa JupiterResearch.
"Neste último período houve crescimento, mas foi muito menor", disse Bill Tancer, analista da Hitwise, empresa que acompanha as tendências da internet.
"No início de 2000 o crescimento foi enorme", assegurou o analista, que acompanhou os resultados de pelo menos 873 empresas que prometem amor via internet nos Estados Unidos.
Foi assim que o setor que promove a procura pela princesa ou pelo príncipe encantado se converteu rapidamente na maior atração da rede depois da indústria pornográfica.
O preconceito baseado na idéia de que estes serviços atendiam apenas aos "perversos" ou "solitários" ficou para trás.
Segundo a MarketWatch, dois em cada cinco solteiros nos Estados Unidos tentaram encontrar um par na internet.
Em uma indústria tão pulsante, os sites floresceram e se tornaram mais específicos.
Atualmente, até as pessoas mais seletas podem encontrar sua cara-metade na rede, que oferece a felicidade eterna para muçulmanos (muslimmatch.com), judeus (jewishfriendfinder.com), gordos (bbnetwork.com), idosos (seniordatefinder.com), amantes dos animais (datemypet.com), lésbicas (lesbianspersonalsonline.com), republicanos (singlerepublican.com) e outros.
Aproveitando este crescimento também foram lançados livros com sugestões para que as relações amorosas cibernéticas sejam um sucesso ou com experiências pessoais sobre a procura de um amor como "At the coffee shop", de Cherie Burbach.
Também surgiram sites que servem de guia aos que escolhem este caminho, como "DateSeeker.net", que analisam as vantagens do "Yahoo Personals", "Matchmaker.com", "www.eHarmony.com", "Great expectations" e outros.
No início do ano a JupiterResearch informou que em 2002 e 2003 a indústria do romance cibernético registrou um aumento no uso de usuários de 73 e 77% respectivamente.
Mas nos últimos anos a tendência caiu. "Em 2004, a indústria cresceu apenas 19% e em 2005 crescerá apenas 9% alcançando os US$ 516 milhões", ressaltou Nate Elliot, analista da jupiterresearch.com.
"O grande crescimento nos Estados Unidos chegou ao fim. E as coisas vão ficar piores", previu.
Para Tancer, isto não significa que o setor vá desaparecer.
Segundo ele, o "on-line dating" foi substituído pelos sites na rede abertos ou por grupos de encontro chamados "social networking sites", que são mais generalizados e não carregam o estigma "estou só, quero um par".
"Atualmente, a grande maioria de usuários prefere as grandes companhias como a 'Match.com' ou o 'Yahoo personals', que oferecem grande variedade e maiores possibilidades de êxito", acrescentou.
A lentidão do crescimento ocorre também porque --da mesma forma que muitos métodos tradicionais-- os usuários continuaram sozinhos após uma longa lista de encontros decepcionantes como está registrado na "edatereview.com" ou no "datingsitesreviewonline.net".
"Homens ficam furiosos ao ver que as mulheres dez anos mais novas que eles não respondem a seus e-mails. As mulheres se aborrecem ao ver que não podem encontrar um homem da mesma idade que elas que tenha 1,80 m de altura e receba um salário de milhões de dólares anuais", escreve a "Online dating Insider".
Uma designer gráfica de 39 anos moradora de Nova York utilizou o serviço "www.nerve.com" para encontrar um homem com cerca de 40 anos, que tivesse viajado e "com objetivos claros".
Mas após uma longa busca, a mulher, que pediu para não ser identificada, se deu conta de que "não chegou a lugar nenhum".
A decepção também levou Soheil Davood a processar a "JDate.com" por "sérios danos psicológicos". O site assegurou que ele ia encontrar uma judia ideal "sem perder tempo". Ao contrário, encontrou uma mulher que o assediou sexualmente e disse que provavelmente "havia encontrado o homem de sua vida".
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