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24/01/2006 - 11h31

Governo já descarta laptop de US$ 100 para 2006

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JOÃO SANDRINI
da Folha Online

O assessor especial da Presidência da República, Cézar Alvarez, afirma que não será possível trazer o polêmico laptop de US$ 100 para crianças e adolescentes brasileiras ainda neste ano. O laptop faz parte do projeto OLPC (One Laptop Per Child, ou um laptop por criança), idealizado por Nicholas Negroponte, do MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Reprodução
Manivela fornece energia em caso de falta de eletricidade
Manivela fornece energia em caso de falta de eletricidade
Negroponte afirmou e o ministro Gilberto Gil (Cultura) confirmou que o governo brasileiro tem interesse em distribuir a máquina a estudantes, assim como Índia, China, Nigéria, Tailândia e Egito, entre outros países.

Alvarez disse, no entanto, que Negroponte já indicou que não terá condições de desenvolver uma versão de teste do laptop até março, como esperava. O principal dificuldade seria criar um display (tela) compatível com a máquina e dentro dos custos propostos. "Continuamos trabalhando nesse projeto, mas precisamos aguardar o Negroponte desenvolver o laptop", disse.

Negroponte, que apresentou um protótipo da máquina em novembro, afirmou na época que os governos dos países no alvo do projeto pagariam US$ 100 para oferecer o laptop a crianças e adolescentes que vão a escola. Eles ficariam com o computador, que também poderia ser utilizado em suas casas.

A iniciativa de Negroponte é uma das mais audaciosas propostas de inclusão digital do planeta. O projeto causou polêmica. A Intel, por exemplo acredita que a máquina, apesar de barata, terá tantas limitações que não será interessante ao consumidor.

Outros críticos iniciais do projeto, como Bill Gates, por exemplo, abandonaram recentemente o ceticismo e já tentam trabalhar junto com Negroponte na construção da melhor máquina possível de US$ 100.

Uma das características do computador é uma manivela que fornece energia em caso de falta de eletricidade --cada minuto de movimento manual garante dez minutos de funcionamento. O PC também será protegido por uma capa de borracha porque precisa ser "totalmente indestrutível", já que seu público-alvo é formado por jovens estudantes.

O produto deve ter processador de 500 MHz da AMD, memória flash, software livre e tecnologia Wi-Fi (para acesso sem fio à internet). Entre os parceiros do projeto estão AMD, Google, Brightstar, News Corporation, Nortel e Red Hat.

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