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13/03/2006
-
16h03
da Folha Online, em Hanover
A seguir, a repórter Juliana Carpanez, enviada especial da Folha Online a Hanover (norte da Alemanha), relata curiosidades e impressões sobre os bastidores da maior feira de tecnologia e telecomunicações do mundo (Cebit 2006), que começou na última quinta-feira (9) e termina na próxima quarta-feira (15).
Global
Apesar de ser realizada na Alemanha, a Cebit tem poucas alternativas para aqueles que querem conhecer a culinária local. Mesmo a carne de porco, tão tradicional na Alemanha, chega à mesa com um ar globalizado nos restaurantes da Cebit: pode vir acompanhado de molho de coco, moyashi (broto de feijão típico na culinária japonesa) e batata frita. Tudo isso servido por Marijan Senic, um garçom australiano que vive na Alemanha, é filho de croatas e aprendeu a falar português durante as férias que passou em Búzios (RJ).
Vale tudo
Com a queda da temperatura, o bom senso das pessoas parece abalado --inclusive o meu. A 5º C negativos vale todo e qualquer tipo de combinação de roupas que consiga barrar o vento gelado e impedir o contato com a neve. Rosa choque pode, sim, combinar com azul royal, desde que a primeira cor esteja associada a uma bota de cano alto e a segunda, a uma calca aveludada.
Xadrez vai muito bem com listras coloridas, quando se fala de um cachecol grosso e uma jaqueta para situações de frio extremo. Os exemplos têm como base imagens reais, observadas durante a transição entre pavilhões da maior feira de tecnologia do mundo.
Engavetado
Ainda sobre bom senso e frio... não importa quantos graus faça lá fora, os bares e restaurantes devem saber que refrigerantes são sempre mantidos na geladeira. Elaborei esta teoria quando pedi uma Coca Cola na Cebit sem especificar que ela deveria estar gelada --até então, achava que isso estava subentendido do Rio de Janeiro à Sibéria. Foi quando vi a bebida ser retirada de uma espécie de gaveta (!) e, quente, ser despejada em um copo. Pedi gelo, claro, mas a primeira impressão --de que eu bebia uma Coca Cola de gaveta-- foi a que ficou.
Alerta
Os veteranos de Cebit sempre alertam aqueles que vão à feira pela primeira vez: "se prepare, porque é grande". Mas esta noção só se concretiza quando o visitante percebe o caminho que terá de percorrer se quiser ir, por exemplo, do pavilhão 1 ao 13.
Parte boa desta história: para facilitar a locomoção dos visitantes, a organização oferece três linhas gratuitas de ônibus que circulam durante todo o dia por todos os pavilhões. Essas torres de babel sobre rodas agilizam as visitas e permitem também um breve descanso --há quem chegue a dormir durante o trajeto.
Corrida
Por conta de uma surpresa desagradável --um machucado no pé--, tive de ir até o ambulatório da feira de tecnologia Cebit. Ótimo atendimento, mas é impossível ficar à vontade em um ambiente deste tipo, ainda mais quando se está em outro país. Pé devidamente exposto na maca, me vejo em uma situação assustadora: enfermeira e médico conversam muito sérios, em alemão, sobre a minha situação.
Enquanto espero paralisada o fim do diálogo, algumas questões me passam pela cabeça: "um machucado daquele tipo pode levar à morte? O consulado brasileiro autorizaria a Alemanha a me manter aqui, mesmo contra minha vontade, caso os europeus queiram estudar meu caso? Se eu tiver de tomar uma injeção, a seringa virá naquelas latinhas de hospital que aparecem em filmes sobre a 2a Guerra?" Certamente, se o problema não fosse no pé, eu teria corrido em disparada antes de ouvir o diagnóstico --que, no final, nem foi dos piores.
A jornalista viajou a convite da Hannover Fairs do Brasil
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A seguir, a repórter Juliana Carpanez, enviada especial da Folha Online a Hanover (norte da Alemanha), relata curiosidades e impressões sobre os bastidores da maior feira de tecnologia e telecomunicações do mundo (Cebit 2006), que começou na última quinta-feira (9) e termina na próxima quarta-feira (15).
Global
Juliana Carpanez |
Senic é australiano que vive na Alemanha e fala português |
Vale tudo
Com a queda da temperatura, o bom senso das pessoas parece abalado --inclusive o meu. A 5º C negativos vale todo e qualquer tipo de combinação de roupas que consiga barrar o vento gelado e impedir o contato com a neve. Rosa choque pode, sim, combinar com azul royal, desde que a primeira cor esteja associada a uma bota de cano alto e a segunda, a uma calca aveludada.
Xadrez vai muito bem com listras coloridas, quando se fala de um cachecol grosso e uma jaqueta para situações de frio extremo. Os exemplos têm como base imagens reais, observadas durante a transição entre pavilhões da maior feira de tecnologia do mundo.
Engavetado
Ainda sobre bom senso e frio... não importa quantos graus faça lá fora, os bares e restaurantes devem saber que refrigerantes são sempre mantidos na geladeira. Elaborei esta teoria quando pedi uma Coca Cola na Cebit sem especificar que ela deveria estar gelada --até então, achava que isso estava subentendido do Rio de Janeiro à Sibéria. Foi quando vi a bebida ser retirada de uma espécie de gaveta (!) e, quente, ser despejada em um copo. Pedi gelo, claro, mas a primeira impressão --de que eu bebia uma Coca Cola de gaveta-- foi a que ficou.
Alerta
JReprodução |
Parte boa desta história: para facilitar a locomoção dos visitantes, a organização oferece três linhas gratuitas de ônibus que circulam durante todo o dia por todos os pavilhões. Essas torres de babel sobre rodas agilizam as visitas e permitem também um breve descanso --há quem chegue a dormir durante o trajeto.
Corrida
Por conta de uma surpresa desagradável --um machucado no pé--, tive de ir até o ambulatório da feira de tecnologia Cebit. Ótimo atendimento, mas é impossível ficar à vontade em um ambiente deste tipo, ainda mais quando se está em outro país. Pé devidamente exposto na maca, me vejo em uma situação assustadora: enfermeira e médico conversam muito sérios, em alemão, sobre a minha situação.
Enquanto espero paralisada o fim do diálogo, algumas questões me passam pela cabeça: "um machucado daquele tipo pode levar à morte? O consulado brasileiro autorizaria a Alemanha a me manter aqui, mesmo contra minha vontade, caso os europeus queiram estudar meu caso? Se eu tiver de tomar uma injeção, a seringa virá naquelas latinhas de hospital que aparecem em filmes sobre a 2a Guerra?" Certamente, se o problema não fosse no pé, eu teria corrido em disparada antes de ouvir o diagnóstico --que, no final, nem foi dos piores.
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