Publicidade
Publicidade
29/03/2006
-
11h06
JULIANO BARRETO
da Folha de S.Paulo
O volume está mais baixo. A música já não é tão alegre. Mas a festa das redes de troca gratuita de arquivos ainda não acabou.
Mesmo após diversas derrotas na Justiça norte-americana e com a pressão das gravadoras dos EUA representadas pela Ria (www.riaa.org), ainda é possível entrar na internet e, sem pagar nada, copiar músicas de um acervo praticamente inesgotável diretamente para o seu PC.
Apesar da consolidação do mercado legal de venda de música on-line, dos cerca de 15 mil usuários processados por trocar músicas e das leis que protegem os direitos autorais, as redes P2P (ponto a ponto) se reinventam e continuam a incomodar.
Programas e serviços que herdaram o legado do pioneiro Napster, como o AudioGalaxy e o WinMX, ganharam popularidade e depois morreram. Mas, graças a uma estrutura focada nos usuários, a rede BitTorrent, que hoje lidera o movimento de troca de arquivos, é praticamente imune aos ataques judiciais e às mazelas dos vírus e dos programas espiões.
Há ainda outras opções para baixar músicas na internet que sobrevivem. Redes como a do Kazaa e a do eDonkey, que foram condenadas nos tribunais, continuam a operar com ajuda de adaptações feitas por usuários.
Novos programas e redes alternativas, que dão ênfase à privacidade do usuário, não param de aparecer e de recrutar adeptos. É possível baixar músicas usando desde os modernos podcasts, programas de rádio on-line distribuídos automaticamente, até as pioneiras salas de bate-papo da rede IRC.
Seguindo como está, o cenário da música on-line não permite previsões certeiras para o futuro. As lojas virtuais legalizadas prosperam, mas aparecem novas formas de compartilhar conteúdo. Quem tiver menos fôlego para superar os desafios pode perder o passo e sair da dança.
Falando em números
De acordo com dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (www.ifpi.org), a receita do setor, sustentado em grande parte pela venda de CDs, caiu de US$ 39,7 bilhões, em 2000, para US$ 33,6 bilhões, em 2004.
O download gratuito de músicas é considerado o grande vilão da história e a repressão às redes de troca só tem aumentado nos últimos anos --apesar do sucesso das lojas legalizadas. Desde 2003, ano de seu lançamento, a loja virtual iTunes (www.itunes.com) já vendeu mais de 1 bilhão de músicas pela internet.
Com cerca de 2 milhões de canções disponíveis em seu catálogo, o site, que é intimamente ligado ao tocador iPod, ajudou a indústria da música a vender 420 milhões de faixas no mundo e a elevar sua receita em 6%.
Assim, é cada vez menos interessante para as gravadoras que as pessoas continuem a baixar conteúdo sem pagar nada.
Outros inimigos da troca livre são as empresas provedoras de acesso. Segundo estimativa da Cache Logic (www.cachelogic.com), com o aumento no tamanho dos arquivos compartilhados, as transferências feitas via P2P são responsáveis por 80% do tráfego da internet. Um excesso caro para as empresas, que também enxergam as redes de troca como focos de spam.
Leia mais
Conteúdo da internet traz perigos
Brasil tem lei contra a pirataria on-line
Aprenda a encontrar músicas digitais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre MP3
Apesar da perseguição, redes mantêm troca de música
Publicidade
da Folha de S.Paulo
O volume está mais baixo. A música já não é tão alegre. Mas a festa das redes de troca gratuita de arquivos ainda não acabou.
Mesmo após diversas derrotas na Justiça norte-americana e com a pressão das gravadoras dos EUA representadas pela Ria (www.riaa.org), ainda é possível entrar na internet e, sem pagar nada, copiar músicas de um acervo praticamente inesgotável diretamente para o seu PC.
Apesar da consolidação do mercado legal de venda de música on-line, dos cerca de 15 mil usuários processados por trocar músicas e das leis que protegem os direitos autorais, as redes P2P (ponto a ponto) se reinventam e continuam a incomodar.
Programas e serviços que herdaram o legado do pioneiro Napster, como o AudioGalaxy e o WinMX, ganharam popularidade e depois morreram. Mas, graças a uma estrutura focada nos usuários, a rede BitTorrent, que hoje lidera o movimento de troca de arquivos, é praticamente imune aos ataques judiciais e às mazelas dos vírus e dos programas espiões.
Há ainda outras opções para baixar músicas na internet que sobrevivem. Redes como a do Kazaa e a do eDonkey, que foram condenadas nos tribunais, continuam a operar com ajuda de adaptações feitas por usuários.
Novos programas e redes alternativas, que dão ênfase à privacidade do usuário, não param de aparecer e de recrutar adeptos. É possível baixar músicas usando desde os modernos podcasts, programas de rádio on-line distribuídos automaticamente, até as pioneiras salas de bate-papo da rede IRC.
Seguindo como está, o cenário da música on-line não permite previsões certeiras para o futuro. As lojas virtuais legalizadas prosperam, mas aparecem novas formas de compartilhar conteúdo. Quem tiver menos fôlego para superar os desafios pode perder o passo e sair da dança.
Falando em números
De acordo com dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (www.ifpi.org), a receita do setor, sustentado em grande parte pela venda de CDs, caiu de US$ 39,7 bilhões, em 2000, para US$ 33,6 bilhões, em 2004.
O download gratuito de músicas é considerado o grande vilão da história e a repressão às redes de troca só tem aumentado nos últimos anos --apesar do sucesso das lojas legalizadas. Desde 2003, ano de seu lançamento, a loja virtual iTunes (www.itunes.com) já vendeu mais de 1 bilhão de músicas pela internet.
Com cerca de 2 milhões de canções disponíveis em seu catálogo, o site, que é intimamente ligado ao tocador iPod, ajudou a indústria da música a vender 420 milhões de faixas no mundo e a elevar sua receita em 6%.
Assim, é cada vez menos interessante para as gravadoras que as pessoas continuem a baixar conteúdo sem pagar nada.
Outros inimigos da troca livre são as empresas provedoras de acesso. Segundo estimativa da Cache Logic (www.cachelogic.com), com o aumento no tamanho dos arquivos compartilhados, as transferências feitas via P2P são responsáveis por 80% do tráfego da internet. Um excesso caro para as empresas, que também enxergam as redes de troca como focos de spam.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Novo acelerador de partículas brasileiro deve ficar pronto até 2018
- Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a carícias
- Maratona hacker da ONU premia app que conecta médico a pacientes do SUS
- Confira lista de feeds do site da Folha
- Facebook e Google colaboram para combater notícias falsas na França
+ Comentadas