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12/05/2006 - 12h01

Chineses culpam empresa de game pela morte do filho

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da Folha Online

Os pais de um jovem chinês abriram um processo contra uma distribuidora de games pela morte de seu filho. Segundo eles, o garoto de 13 anos cometeu suicídio, em 27 de dezembro de 2004, após jogar uma versão de Warcraft por mais de 36 horas seguidas.

Antes de cair de um prédio, Zhang Xiaoyi deixou uma nota de suicídio afirmando que queria se juntar aos heróis do jogo que adorava. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela agência de notícias Xinhua.

Os pais do garoto pediram à Aomeisoft, distribuidora chinesa de Warcraft: Orcs and Humans, US$ 12,5 mil (equivalente a R$ 26 mil). O pedido foi rejeitado pelo tribunal de Tianjin, cidade onde vivem.

Os chineses argumentaram que a empresa deixou de incluir um alerta existente nos Estados Unidos, de que o título é recomendado para maiores de 13 anos. Em seu processo, eles também pediam a inclusão da frase "a prática de jogos em excesso é prejudicial à saúde".

Em entrevista à agência de notícias Associated Press, Bai Jie, vice-presidente da Aomeisoft, disse que leu sobre o caso, mas não foi comunicado oficialmente sobre o processo.

"Eles certamente processaram a companhia errada, pois a distribuidora Aomeisoft só foi criada em agosto de 2005, meses depois do suicídio", afirmou. Os games da série Warcraft são produzidos pela Blizzard Entertainment, uma unidade da Vivendi Universal.

Após analisar o histórico escolar, diário e nota de suicídio do jovem, especialistas de um hospital de Pequim concluíram que "Zhang estava viciado em jogos e na internet". Diversas cidades da China --país que só perde para os EUA no número de internautas-- têm clínicas especializadas no tratamento destes casos.

Os games Warcraft têm cerca de 2,5 milhões de jogadores chineses. Há cerca de 100 mil cópias deles espelhadas pelos cibercafés locais, segundo declarações de um executivo da Vivendi Universal no mês passado.

Com agências internacionais

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