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20/06/2006
-
10h07
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
As emissoras que divulgam em seus programas mensagens de texto via celular afirmam que esta ferramenta tem o objetivo de reforçar a interação com o público --o que de fato acontece. No entanto, os torpedos na TV também popularizam a alternativa, turbinando a renda de operadoras e integradoras (empresas responsáveis pela transmissão de dados via telefonia celular).
As emissoras, por sua vez, negam o lucro e afirmam que utilizam a alternativa para reforçar a interação com o público.
Quando envia um SMS, o telespectador paga R$ 0,31 mais impostos --o valor aumenta para as promoções que dão prêmios. A divisão desta quantia entre as partes é mantida em segredo; como as empresas envolvidas têm acordos diferentes, se recusam a especificar valores.
Apesar do sigilo, uma fonte do setor de tecnologia ouvida pela Folha Online, que não quis se identificar, garante que as operadoras ficam com pelo menos metade do valor. "O restante é dividido entre as outras participantes, sendo que geralmente as integradoras recebem a menor porcentagem", disse.
Operadoras
Marco Quatorze, diretor de serviços de valor agregado da Claro, admite que o envio de mensagens a programas de TV funciona como uma fonte alternativa de receita. "Estas ações de interatividade também divulgam os serviços SMS e ajudam na criação de hábito do uso dos torpedos", continua o executivo.
A popularização desta ferramenta de comunicação não pode ser atribuída somente à televisão, mas é fato que este tipo de divulgação contribui --e muito. Para Fabio Pascuzzo, diretor de serviços de valor agregado da Tim, o Brasil caminha para a explosão da interatividade entre telespectadores e programas de TV.
"O celular já está na mão de todos e as emissoras entenderam a potencialidade desta alternativa", explica Pascuzzo. O diretor também prevê que, em cerca de um ano, esta interação ganhará força em outras mídias, como jornais, revistas e rádios.
Entre o primeiro trimestre de 2005 e 2006, o faturamento da TIM com serviços de valor agregado aumentou 45,4%, chegando a R$ 108,9 milhões --a quantia responde por 7,3% do faturamento de serviços da empresa durante o período.
Emissoras
As emissoras afirmam não lucrar quando seus telespectadores enviam mensagens que aparecerão na tela. "Não ganhamos dinheiro com o envio de torpedos; nosso objetivo não é este. Utilizamos a ferramenta com foco na interatividade", afirma Zico Goes, diretor de programação da MTV. Desde abril, o canal mais popular entre o público jovem exibe o "MTV de Bolso", que recebe cerca de 6.000 mensagens de texto diariamente.
A TV a cabo Net, que exibe o "Chat TV", segue este mesmo discurso. "Quanto mais o assinante puder interagir, mais sentirá os benefícios do nosso produto", diz Alessandro Maluf, coordenador de produtos e serviços da empresa. "Vemos os torpedos como uma maneira de estreitar o relacionamento com os clientes, e não de lucrar. Nosso faturamento vem da TV por assinatura."
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da Folha Online
As emissoras que divulgam em seus programas mensagens de texto via celular afirmam que esta ferramenta tem o objetivo de reforçar a interação com o público --o que de fato acontece. No entanto, os torpedos na TV também popularizam a alternativa, turbinando a renda de operadoras e integradoras (empresas responsáveis pela transmissão de dados via telefonia celular).
Reprodução |
"Chat TV" mostra textos escritos via celular |
Quando envia um SMS, o telespectador paga R$ 0,31 mais impostos --o valor aumenta para as promoções que dão prêmios. A divisão desta quantia entre as partes é mantida em segredo; como as empresas envolvidas têm acordos diferentes, se recusam a especificar valores.
Apesar do sigilo, uma fonte do setor de tecnologia ouvida pela Folha Online, que não quis se identificar, garante que as operadoras ficam com pelo menos metade do valor. "O restante é dividido entre as outras participantes, sendo que geralmente as integradoras recebem a menor porcentagem", disse.
Operadoras
Marco Quatorze, diretor de serviços de valor agregado da Claro, admite que o envio de mensagens a programas de TV funciona como uma fonte alternativa de receita. "Estas ações de interatividade também divulgam os serviços SMS e ajudam na criação de hábito do uso dos torpedos", continua o executivo.
A popularização desta ferramenta de comunicação não pode ser atribuída somente à televisão, mas é fato que este tipo de divulgação contribui --e muito. Para Fabio Pascuzzo, diretor de serviços de valor agregado da Tim, o Brasil caminha para a explosão da interatividade entre telespectadores e programas de TV.
"O celular já está na mão de todos e as emissoras entenderam a potencialidade desta alternativa", explica Pascuzzo. O diretor também prevê que, em cerca de um ano, esta interação ganhará força em outras mídias, como jornais, revistas e rádios.
Entre o primeiro trimestre de 2005 e 2006, o faturamento da TIM com serviços de valor agregado aumentou 45,4%, chegando a R$ 108,9 milhões --a quantia responde por 7,3% do faturamento de serviços da empresa durante o período.
Emissoras
Reprodução |
No "MTV de Bolso", mensagens dos telespectadores aparecem embaixo de clipes |
A TV a cabo Net, que exibe o "Chat TV", segue este mesmo discurso. "Quanto mais o assinante puder interagir, mais sentirá os benefícios do nosso produto", diz Alessandro Maluf, coordenador de produtos e serviços da empresa. "Vemos os torpedos como uma maneira de estreitar o relacionamento com os clientes, e não de lucrar. Nosso faturamento vem da TV por assinatura."
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