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09/08/2006 - 07h54

Candidatos se lançam em corrida na rede

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NELSON DE SÁ
Colunista da Folha de S.Paulo

Em abril, no "New York Times" (www.nytimes.com), o presidente do Partido Republicano lançou o oráculo de que "o efeito da internet na política será tão transformador quanto foi o da televisão". Vale para os EUA desde já --e, na avaliação crescente, deve valer também para o Brasil.

Os internautas já seriam "aproximadamente 30% do total de eleitores", o que é "bastante significativo", aponta Valter Pomar, secretário do PT --que lançou manifesto pela "participação de todos os apoiadores" de seu candidato na campanha pela internet.

O sociólogo e marqueteiro Antônio Lavareda, ligado ao PFL, sublinha o poder de influência da rede sobre o jornalismo, inclusive o telejornalismo. Ele acredita, por exemplo, que "com internet, Collor não teria sido eleito".

Vídeos

Com alcance direto ou indireto ao eleitor, as campanhas brasileiras, sobretudo as federais, já estão em uma corrida para incorporar os mecanismos de persuasão, de mobilização e até de arrecadação.

Onda mais recente na rede, o vídeo on-line é a estrela nas campanhas de Lula (lulapresidente.org.br) e de Aloizio Mercadante (mercadante.com.br), como se viu na última sexta-feira, com a transmissão ao vivo de um evento em São Paulo.

Os dois sites trazem cenas para download, o que também acontece com o site da campanha de Heloísa Helena (heloisahelena50.com.br) --que traz reproduções de entrevistas para a televisão.

Blogs

José Serra (serra45.org.br), também na última sexta-feira, e Alckmin (geraldo45.org.br), no fim de semana, lançaram outra estrela para o ano eleitoral: os blogs de candidatos. Por enquanto, são os únicos.

No Blog do Serra, há posts com títulos como "Serei porta-voz de São Paulo" e "É preciso agir mais e falar menos para combater o crime". No Blog do Geraldo, "Para ter justiça social, o Brasil precisa crescer de forma igual em todas as regiões" e "Por que o crime tem medo do Geraldo".

Um fato que ainda não se verifica no Brasil, mas se tornou corriqueiro nos EUA e deve chegar logo, é a contratação de blogueiros já estabelecidos para cobrir as campanhas.

De todo modo, o jornalista Luiz Gonzalez, que comanda o marketing de Serra, sublinha que "o impacto dos blogs é mais interno do que externo" e mobiliza mais "as equipes de campanha" e os militantes.

Interatividade

Uma das ferramentas de interação nas campanhas americanas, os links de arrecadação financeira estão em fase incipiente. Alckmin, até com formulário, Lula, Heloísa Helena e outros mencionam ou dão instruções em seus sites, mas não o link para contas bancárias.

Fora a arrecadação, as campanhas tucanas são as que contam com mais instrumentos de interação, como enquetes e "comentários" nos blogs dos candidatos, e de contato, como podcast.

Paralelamente, mecanismos como mensagens de celular e e-mail vêm sendo testados e incorporados, ainda que, como no caso da arrecadação, as regras não sejam claras --ou, pior, exista proibição expressa.

É o caso da propaganda por celular. Há duas semanas, em Brasília, é alvo de investigação pela Justiça Eleitoral a mensagem supostamente enviada pelo deputado pefelista Alberto Fraga --que nega. O texto diz: "No referendo das armas, Fraga defendeu o povo, na Câmara ele defende você. Vote Fraga", mais o número do candidato.

Mensagens por celular e e-mail seriam permitidas apenas com a concordância de quem recebe --como no caso do "ex-blog de Cesar Maia", que integra a direção da campanha de Alckmin; mas não, por exemplo, no de um conhecido e-mail do pedetista Fernando Chiarelli, com uma imagem do Congresso sob ataque.

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