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12/10/2006
-
19h19
da Folha Online
A cifra recorde paga ao YouTube pelo Google fez com que os franceses Olivier Poitrey e Benjamin Bejbaum, fundadores do Dailymotion (www.dailymotion.com), possam sonhar um pouquinho, conforme reportagem publicada no jornal francês "Le Monde".
Criado em fevereiro de 2005, depois de um período em Nova York, a fim de compartilhar seus vídeos de viagem, os dois companheiros não imaginavam o sucesso de seus negócios em quase dois anos mais tarde.
A reportagem conta que o site Dailymotion foi desenvolvido de forma semelhante ao Flickr ou do Del.icio.us, mas com um know-how a mais. O Dailymotion (anterior ao YouTube, lançado em dezembro do mesmo ano) emprega 17 pessoas e é traduzido em seis línguas. Ele imediatamente seduziu os internautas e seu sucesso cresce: atualmente, aproximadamente 15 milhões de vídeos são consultados todos os dias.
Tecnologia francesa
A reportagem do "Le Monde" explica que umas das vantagens das técnicas do Dailymotion sobre o YouTube é, sem dúvida, o seu motor de codificação, desenvolvido internamente, ao contrário de seu concorrente direto, que comprou uma tecnologia de hospedagem externa caríssima.
Além disso, todo conteúdo do site francês é hospedado no seu próprio servidor e não por um CDN (Content Delivery Network), como é o caso do concorrente americano.
Modelo econômico idêntico
O modelo econômico é o mesmo, explica o "Le Monde": maximizar a audiência para aumentar seu volume publicitário. Mas, infelizmente, há um hiato nessa fórmula. O Dailymotion se define juridicamente como um hospedeiro técnico, evitando, assim, todos os riscos ligados aos direitos das obras difundidas. O responsável perante a lei é o usuário, ou seja, é o internauta quem publica um vídeo que não lhe pertence.
Mas, à primeira publicidade incluída em um vídeo hospedado no Dailymotion, essa proteção jurídica acaba, e os donos virão reclamar por sua fatia do bolo.
Apenas alguns vídeos publicados pelo Dailymotion tornaram-se um suporte de publicidade, --por respeitarem as leis de copyright, pela sua forte audiência-- e, com o acordo do produtor ou de quem possui seus direitos, receberão uma parcela das receitas, segundo o "Le Monde".
Filtros e parcerias
Os vídeos hospedados não são iguais em termos de publicidade. E será o mesmo no Youtube, que estabeleceu "pequenas" parcerias em acordo firmado com grandes empresas (NBC, Warner Music, Sony BMG, Universal Music ou ainda a CBS), que acabou de ser assinado nos últimos dias.
Da mesma forma, explica o jornal, a discussão é evidentemente em curso no Dailymotion com as grandes gravadoras de disco para contornar os problemas legais, e os grandes os atores do mercado (Apple, Yahoo!, Disney ou mesmo o Google) não escondem seus interesses nessa nova sedutora mídia.
Mas, por enquanto, a palavra-chave dos difusores de vídeo é filtragem. Cabe a eles achar um modelo viável de filtragem de conteúdo; algo entre uma filtragem logística (automática) e uma moderação feita por humanos.
Os problemas de filtragem e de direitos não impediram sociedades de capital de risco, como a Partech International e a Atlas Venture, de investirem 7 milhões de euros na crescente "Web 2.0" (sites alimentados pelos internautas), gerando uma valorização entre 15 e 35 milhões de euros.
Uma nova bolha, portanto está em formação, com algumas diferenças notáveis: há muito mais internautas, eles compram mais na Net, e tudo dentro de um mercado publicitário mais estável, uma vez que depende menos de seu tráfego.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o YouTube
Menos popular, o francês Dailymotion foi criado antes do famoso site de vídeos
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A cifra recorde paga ao YouTube pelo Google fez com que os franceses Olivier Poitrey e Benjamin Bejbaum, fundadores do Dailymotion (www.dailymotion.com), possam sonhar um pouquinho, conforme reportagem publicada no jornal francês "Le Monde".
Criado em fevereiro de 2005, depois de um período em Nova York, a fim de compartilhar seus vídeos de viagem, os dois companheiros não imaginavam o sucesso de seus negócios em quase dois anos mais tarde.
A reportagem conta que o site Dailymotion foi desenvolvido de forma semelhante ao Flickr ou do Del.icio.us, mas com um know-how a mais. O Dailymotion (anterior ao YouTube, lançado em dezembro do mesmo ano) emprega 17 pessoas e é traduzido em seis línguas. Ele imediatamente seduziu os internautas e seu sucesso cresce: atualmente, aproximadamente 15 milhões de vídeos são consultados todos os dias.
Tecnologia francesa
A reportagem do "Le Monde" explica que umas das vantagens das técnicas do Dailymotion sobre o YouTube é, sem dúvida, o seu motor de codificação, desenvolvido internamente, ao contrário de seu concorrente direto, que comprou uma tecnologia de hospedagem externa caríssima.
Além disso, todo conteúdo do site francês é hospedado no seu próprio servidor e não por um CDN (Content Delivery Network), como é o caso do concorrente americano.
Modelo econômico idêntico
O modelo econômico é o mesmo, explica o "Le Monde": maximizar a audiência para aumentar seu volume publicitário. Mas, infelizmente, há um hiato nessa fórmula. O Dailymotion se define juridicamente como um hospedeiro técnico, evitando, assim, todos os riscos ligados aos direitos das obras difundidas. O responsável perante a lei é o usuário, ou seja, é o internauta quem publica um vídeo que não lhe pertence.
Mas, à primeira publicidade incluída em um vídeo hospedado no Dailymotion, essa proteção jurídica acaba, e os donos virão reclamar por sua fatia do bolo.
Apenas alguns vídeos publicados pelo Dailymotion tornaram-se um suporte de publicidade, --por respeitarem as leis de copyright, pela sua forte audiência-- e, com o acordo do produtor ou de quem possui seus direitos, receberão uma parcela das receitas, segundo o "Le Monde".
Filtros e parcerias
Os vídeos hospedados não são iguais em termos de publicidade. E será o mesmo no Youtube, que estabeleceu "pequenas" parcerias em acordo firmado com grandes empresas (NBC, Warner Music, Sony BMG, Universal Music ou ainda a CBS), que acabou de ser assinado nos últimos dias.
Da mesma forma, explica o jornal, a discussão é evidentemente em curso no Dailymotion com as grandes gravadoras de disco para contornar os problemas legais, e os grandes os atores do mercado (Apple, Yahoo!, Disney ou mesmo o Google) não escondem seus interesses nessa nova sedutora mídia.
Mas, por enquanto, a palavra-chave dos difusores de vídeo é filtragem. Cabe a eles achar um modelo viável de filtragem de conteúdo; algo entre uma filtragem logística (automática) e uma moderação feita por humanos.
Os problemas de filtragem e de direitos não impediram sociedades de capital de risco, como a Partech International e a Atlas Venture, de investirem 7 milhões de euros na crescente "Web 2.0" (sites alimentados pelos internautas), gerando uma valorização entre 15 e 35 milhões de euros.
Uma nova bolha, portanto está em formação, com algumas diferenças notáveis: há muito mais internautas, eles compram mais na Net, e tudo dentro de um mercado publicitário mais estável, uma vez que depende menos de seu tráfego.
Especial
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