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17/10/2006 - 16h15

Professores da FGV-RJ criticam ações contrárias a internautas brasileiros

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da Folha Online
com Reuters

A Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) será responsável pela implantação de uma campanha contra a pirataria no Brasil. A iniciativa é da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês).

Algumas medidas serão adotadas pela campanha. A maior aposta é no envio de mensagens instantâneas aos usuários das redes de compartilhamento conhecidas como P2P (peer to peer). "O nosso objetivo não é processar as pessoas, mas mandar avisos aos usuários ilegais", afirmou o diretor da ABPD, Paulo Rosa.

"Essas pessoas não são nossos clientes, eles estão roubando música. O que eles fazem não é diferente de entrar numa loja e roubar um CD", disse o presidente-executivo da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), John Kennedy, em coletiva de imprensa ocorrida hoje, no hotel Copacabana Palace.

Do lado de fora, impedidos de entrarem na cerimônia do lançamento da campanha da IFPI, membros da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ) entregaram um manifesto criticando as ações contrárias aos internautas brasileiros e propondo mudanças na lei de direitos autorais (copyright).

Os manifestantes afirmam que as mesmas ações, em outros países, não diminuíram o número de downloads ilegais. Os professores da instituição também defenderam o repasse direto dos consumidores aos artistas, minimizando o papel das gravadoras nos negócios.

"A lei de direitos autorais brasileira é incompatível com os desenvolvimentos tecnológicos recentes. O atual regime de copyright transforma qualquer usuário de internet em potencial criminoso e infrator de direitos", afirma o comunicado divulgado pelos manifestantes a jornalistas.

A indústria fonográfica aposta no crescimento dos sites de venda de música legalizados --que têm contratos com as gravadoras. No Brasil, esse mercado ainda é bastante incipiente, e os próprios empresários vêem dificuldades em conquistar consumidores.

Para Felippe Llerena, sócio-diretor do "iMusica" (www.imusica.com.br), maior empresa de venda de música online no Brasil (com uma média de 25 mil canções vendidas por mês, ao custo de 0,99 a 2,49 reais), seria necessária uma grande campanha de incentivo para que os internautas aceitem pagar pelas músicas, conseguidas atualmente de forma gratuita.

"Não sabemos como fazer para as pessoas deixarem de baixar música de graça e pagarem por elas. Acho que os artistas poderiam participar disso junto aos jovens, talvez essa seja a única maneira", disse Llerena à Reuters.

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