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19/10/2006
-
11h36
Efe, em Paris
Cuba é o país mais atrasado da América Latina no que se refere ao acesso à internet, por causa do controle imposto pelo governo de Fidel Castro, segundo um relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicado hoje.
O estudo "Internet em Cuba: uma rede sob vigilância", elaborado em agosto, mostra que a ilha tem menos de dois internautas para cada 100 habitantes --como Uganda e Sri Lanka--, dado "surpreendente" para um país que "presume ter um dos níveis de educação mais altos do planeta", disse a organização de defesa da liberdade de imprensa.
O relatório desmente que a pouca penetração da internet seja devido exclusivamente ao embargo decretado pelos Estados Unidos que, como diz Havana, priva a ilha de conexões por cabos ópticos submarinos e a obriga a se conectar através de satélites, sistema "mais caro e menos eficaz".
"Este argumento pode explicar a lentidão da internet cubana (...), mas não justifica em absoluto o sistema de controle e vigilância da rede criado pelas autoridades", afirmou a RSF.
Segundo a organização, o regime cubano transformou em prioridade impedir a circulação de informação independente pela rede, dentro de sua estratégia de controlar a imprensa.
Entre as ferramentas de controle da internet, a RSF identificou várias, como a proibição de conexões privadas, o que obriga os usuários a ir até pontos de acesso público, "onde é mais fácil vigiar sua atividade".
Além disso, a organização informou que nestes lugares --essencialmente cibercafés, universidades e clubes--, a Polícia instalou programas que alertam sobre o uso de palavras que considera subversivas.
O governo vetou o acesso de opositores políticos e de jornalistas independentes à rede e impõe autocensura à imprensa, com penas de até 20 anos de prisão pela publicação de artigos "contra-revolucionários" em sites estrangeiros, e até cinco anos por conectar-se à internet de forma ilegal, afirmou.
"Poucos internautas se atrevem a desafiar a censura do Estado e correr esse risco", disse a RSF.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre acesso à internet
RSF culpa governo por atraso de Cuba no acesso à internet
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Cuba é o país mais atrasado da América Latina no que se refere ao acesso à internet, por causa do controle imposto pelo governo de Fidel Castro, segundo um relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicado hoje.
O estudo "Internet em Cuba: uma rede sob vigilância", elaborado em agosto, mostra que a ilha tem menos de dois internautas para cada 100 habitantes --como Uganda e Sri Lanka--, dado "surpreendente" para um país que "presume ter um dos níveis de educação mais altos do planeta", disse a organização de defesa da liberdade de imprensa.
O relatório desmente que a pouca penetração da internet seja devido exclusivamente ao embargo decretado pelos Estados Unidos que, como diz Havana, priva a ilha de conexões por cabos ópticos submarinos e a obriga a se conectar através de satélites, sistema "mais caro e menos eficaz".
"Este argumento pode explicar a lentidão da internet cubana (...), mas não justifica em absoluto o sistema de controle e vigilância da rede criado pelas autoridades", afirmou a RSF.
Segundo a organização, o regime cubano transformou em prioridade impedir a circulação de informação independente pela rede, dentro de sua estratégia de controlar a imprensa.
Entre as ferramentas de controle da internet, a RSF identificou várias, como a proibição de conexões privadas, o que obriga os usuários a ir até pontos de acesso público, "onde é mais fácil vigiar sua atividade".
Além disso, a organização informou que nestes lugares --essencialmente cibercafés, universidades e clubes--, a Polícia instalou programas que alertam sobre o uso de palavras que considera subversivas.
O governo vetou o acesso de opositores políticos e de jornalistas independentes à rede e impõe autocensura à imprensa, com penas de até 20 anos de prisão pela publicação de artigos "contra-revolucionários" em sites estrangeiros, e até cinco anos por conectar-se à internet de forma ilegal, afirmou.
"Poucos internautas se atrevem a desafiar a censura do Estado e correr esse risco", disse a RSF.
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