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29/11/2006 - 10h06

Windows pirata domina micro popular, segundo pesquisa

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da Folha de S.Paulo

Com seu primeiro ano recém-completado, o programa governamental "Computador Para Todos" ajudou as fabricantes legalizadas de PCs a superar o mercado pirata.

Quando o assunto é a licença dos softwares dessas máquinas, porém, a situação é bastante diferente --pelo menos segundo dados de uma pesquisa feita no primeiro semestre deste ano com 502 usuários, que foi encomendada pela Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), que tem sócias como a Microsoft e a IBM.

O estudo afirma que, no primeiro mês após a compra, 73% dos usuários dos micros populares trocaram o sistema baseado em Linux, que é gratuito e já vem instalado nas máquinas, pelo Windows, que é pago. A sombra da pirataria vem de outro dado: apenas 26% dessas pessoas pagaram pela troca.

Para o presidente da Abes, Jorge Sukarie, o problema ocorre pela falta de opção na hora da compra: por lei, os micros do programa devem ter um sistema operacional gratuito. "É preciso rever os parâmetros técnicos. Do jeito que está, o usuário é induzido a usar software pirata", disse.

De acordo com o Serpro ( Serviço Federal de Processamento de Dados), a pesquisa deveria ser mais ampla e comparar o nível de pirataria entre os computares comuns e os PCs populares.

"Há uma diminuição da pirataria em função do uso do software livre", declarou a assessoria do Serpro, que afirma que não há previsão de mudanças nos critérios do programa "Computador Para Todos".

O preço do software também é apontado como causa da busca ao mercado pirata. Um computador básico com sistema Linux custa por volta de R$ 1.200 --apenas o Windows XP Home Edition custa cerca de R$ 470 e o Office Standard 2003 sai por mais de R$ 350.

Boa parte dos compradores do "Computador Para Todos" está na Classe C, ou seja, tem uma renda familiar que se aproxima da faixa entre R$ 900 e R$ 1.200.

S.O.S

Outra discussão relacionada à pesquisa é sobre os motivos que fazem com que o usuário não mantenha o Linux na máquina. A falta de programas famosos para a plataforma aberta e o pouco interesse das fabricantes em ensinar os usuários a dominar o sistema estão entre as principais causas. O incentivo tímido em ensinar aos usuários a lidar com o Linux é mais um obstáculo importante.

De acordo com Augusto Campos, responsável pelo site BR-Linux.org, as versões de Linux escolhidas pelas fabricantes, em sua maioria, não são as melhores disponíveis. "Isso dificulta o apoio da comunidade Linux, agravando um descontentamento com o suporte ao software prestado pelos distribuidores".

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