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Ministro pede "boa vontade" com início das transmissões
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HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
As transmissões de TV digital começam neste domingo (2) em São Paulo, e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, pede "boa vontade" com o novo sistema, ainda sem interatividade e inacessível à grande parte da população por conta do alto preço dos aparelhos conversores.
"Tem que ter um pouquinho de boa vontade com o processo. O importante é começar", disse o ministro. Só receberá os sinais digitais quem tiver antena UHF e adquirir um conversor.
Na avaliação de Costa, o preço do conversor deve começar a diminuir a partir de março do ano que vem, quando Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília também começam a receber as transmissões digitais. "Aí o mercado potencial sai de aproximadamente 10 milhões de consumidores para algo como 30 milhões e a indústria passa a ter escala", disse Costa.
Além do aumento da escala de produção, outros fatores podem influenciar no preço do conversor e, conseqüentemente, no sucesso da implantação da TV digital no Brasil.
O governo deverá lançar um programa de incentivos fiscais para a indústria, para tentar reduzir o preço (que hoje está entre R$ 499 e R$ 1.099) para valores médios próximos a R$ 250.
Incentivos
A idéia do governo é replicar para o conversor da TV digital os incentivos dados à produção de computadores pessoais populares (programa "Computador para Todos", do governo federal). Para produzir computadores populares (que custam até R$ 1.800), a indústria tem isenção de PIS/Cofins e as redes varejistas contam com crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para fazer financiamentos ao consumidor.
"Alguma coisa tem que ser feita para reduzir o preço do conversor. Há boa vontade do governo", disse Costa. Segundo o ministro, a decisão de lançar um programa de incentivos fiscais para a indústria e financiamento para o varejo depende de decisão do presidente.
O ministro rebateu as críticas sobre a falta de interatividade. "O conversor mais barato, de R$ 499, já sai com o Ginga [software que permite interatividade]", disse. De acordo com Costa, caberá agora ao mercado prover as ferramentas para tornar a interatividade possível. "Não é função do governo. O governo deu os caminhos", afirmou ele.
Transmissões
Amanhã, a maior parte dos programas será exibida em SD ("standard definition", que significa definição padrão, melhor que a atual, mas inferior à alta definição (HD, "high definition" ou "full HD"). O formato HD é melhor que o de DVD, e é possível perceber bastante diferença em relação ao formato analógico até em TVs de tubo. O full HD só poderá ser assistido em TVs de alta resolução, que custam mais de R$ 3.000.
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