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06/12/2007 - 10h07

Varejo vê pouca vantagem em linha de R$ 1 bi para TV digital

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TATIANA RESENDE
da Folha de S.Paulo

A linha de financiamento de R$ 1 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para os varejistas que vendem conversores para a TV digital corre o risco de ter poucas redes interessadas. O motivo é que as taxas de juros oferecidas para as empresas captarem os recursos são as mesmas do programa Computador para Todos, criada no início de 2006, quando a Selic era 17,25% ao ano.

Agora, com a taxa em 11,25%, as condições não são mais tão atraentes. Além disso, o prazo de financiamento, que era de 30 meses na linha para os PCs, agora é de até 24 meses.

Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas do Magazine Luiza, terceira maior rede varejista de eletros e móveis do país, avalia que, se o BNDES "não reduzir a taxa de juros, [a linha] não vai ter uma representatividade tão grande".

Ele lembra ainda que a produção de conversores não tem isenção fiscal, o que ajudou a diminuir o preço dos computadores populares. Nesta semana, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ratificou a intenção do governo de replicar para o conversor os incentivos, mas nada saiu do papel ainda.

Outros grandes varejistas preferiram não opinar sobre a linha do BNDES, mas, em algumas redes, as condições oferecidas ao consumidor já são iguais ou até melhores do que a imposta pelo banco estatal para conceder o empréstimo.

Para pagar TJLP (taxa de juros de longo prazo, atualmente em 6,25% ao ano) mais 1% ao ano de remuneração básica do BNDES, o varejista deve se comprometer a cobrar até 2% ao mês do cliente que comprar o conversor para TV digital.

No Extra, que faz parte do Grupo Pão de Açúcar, o consumidor já consegue comprar no cartão de marca própria da empresa em 24 vezes com juros de 1,99% ao mês. No Wal-Mart, o prazo é um pouco menor (18 meses), sem entrada, mas os juros são de 1,47% ao mês com o cartão Hipercard.

O consultor especializado em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, argumenta que haverá pouco interesse dos lojistas, já que as condições de crédito da linha de financiamento são piores e a procura pelos conversores ainda é restrita. "Tudo começa pela demanda do consumidor."

Para ele, "a TV digital foi muito mal lançada como produto" e muitos consumidores ainda confundem a novidade tecnológica com as disponíveis nas televisões de plasma e LCD de alta definição há anos no mercado.

Até o final de 2008, um estudo prevê que serão vendidos 3 milhões de conversores ou TVs com o aparelho já integrado. "Anualmente são vendidos no Brasil 12,5 milhões de TVs. Estamos falando em cerca de 10% disso", comentou Paulo Cury, da Condere, consultoria responsável pela projeção.

Comentários dos leitores
Vagner Ornelas (24) 16/11/2009 22h07
Vagner Ornelas (24) 16/11/2009 22h07
A operadora de celular Vivo quebrou a cara ao adotar o padrão CDMA enquanto o mundo já havia adotado o GSM. O Brasil está fazendo igual, ao optar por um modelo de tv digital caro e não global. A única vantagem do modelo brasileiro é a mobilidade. Seria muito mais prático e barato ter adotado o padrão americano ou europeu do que criar um padrao nipo-brasileiro. A pouco tempo comprei um gravador de DVD nos EUA, baratíssimo por 100 dolares e veio com conversor digital americano embutido. Isso que é país desenvolvido. sem opinião
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Olmir Antonio de Oliveira (41) 03/11/2009 20h40
Olmir Antonio de Oliveira (41) 03/11/2009 20h40
A respeito de tv digital. Na europa ou no Usa. É outra extrutura, são culturas bastante diferentes a nossa, mas fundamentalmente a diferença do poder aquisitivo, aqui temos trabalhadores remuneração bem menor, e de agravante temos um custo a nivel de consumidor para tais equipamentos, muito alto, maiores aos de tais países. De modo geral aqui sempre são mais caros, eletronicos, eletrodomesticos, altomóveis.....e chegando a itens de comunicação, computadores..... serviços de internet, adsl, 3g"já se tens iniciativas em alguns estados, mas muito mais caros ainda,quando comparados ao países do chamado primeiro mundo"..... geralmente caros e de qualidade não das melhores. È de se crer que para os niveis mais baixos, para equipamentos mais simples, Tvs, e serviços de internet, os de maior interese popular e ou segundo o dito por governantes, dos falados promotores de direitos, oportunidades...... Seria de se pensar reduzir custos finais. Certo que fomulas e que pode fazer não falta.....Um custo menor e ou sem custos de impostos já seriam bem vindos para as categorias menores, os mais simples, mas que não sejam menos funcionais e ou duradouros...... 1 opinião
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ELIDAL OLIVEIRA (2) 17/09/2009 13h36
ELIDAL OLIVEIRA (2) 17/09/2009 13h36
COMO TV POR ASSINTURA NO BRASIL TEM PREÇO ALTO NA ASSINATURA O MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES TEM QUE DEIXAR QUE OPERADORAS DE TV POR ASSINATURA COLOQUEM EM CADA CIDADE UMA TORRE DE TRANSMISSÃO DE TV DIGITAL TRANSMITINDO MULTIPROGRAMAÇÃO.
TV POR ASSINATURA UTILIZA MUITOS CANAIS E ADAPTAR O CONVERSOR DIGITAL DO APARELHO DE TELEVISÃO ADAPTADO PARA TV DIGITAL PARA TER A FUNÇÃO DE DECODIFICADOR.
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