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Lula cancela pregão para laptop de US$ 100
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da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar o pregão para a compra de 150 mil laptops para distribuição em escolas públicas e abrir uma nova concorrência, uma vez que não conseguiu que o menor preço apresentado --US$ 360, pelo grupo Positivo Informática-- fosse reduzido, informam os repórteres Kennedy Alencar, Johanna Nublat e Angela Pinho, na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo a reportagem, o edital da nova concorrência poderá trazer como alterações a redução no número de máquinas a serem adquiridas, ou diminuição do número de exigências (a garantia de três anos, por exemplo, poderia ser reduzida para dois) ou ainda o aumento na previsão orçamentária do projeto (o montante atual não foi divulgado).
No mês passado, a Positivo Informática informou que a fabricação de um computador portátil por US$ 100 "não é realidade". Em comunicado, a empresa afirmou que, "infelizmente, existem vários fatores que hoje inviabilizam a concepção de um produto de qualidade e que atenda às necessidades mínimas dos estudantes por esse valor [US$ 100]. E pior, estabeleceu-se esse preço como verdade absoluta, quando nem mesmo o seu idealizador consegue realizar o que prometeu".
A crítica se refere ao laptop XO, desenvolvido pela ONG OLPC (Um Laptop por Criança, na sigla em inglês), que se tornou referência ao afirmar que poderia vender laptops a US$ 100 (R$ 174). Mas, depois, reconheceu que o produto deve beirar mesmo os US$ 200 (R$ 354).
O diretor de marketing da Positivo Informática, César Aymoré, disse à Folha Online no mês passado que a empresa aguarda o chamado do governo "para sentar e acertar essa negociação". Segundo ele, a empresa está determinada a "ter esse projeto com a marca Positivo" e que pode, inclusive, reduzir o preço dos aparelhos" (sem, entretanto, dizer de quanto seria essa redução).
Uruguai
A Positivo apresentou em outubro do ano passado um lance de US$ 245 (cerca de R$ 435) por computador em um leilão semelhante no Uruguai. Segundo a empresa, no Uruguai os computadores seriam entregues em apenas um local, enquanto no Brasil os produtos seriam distribuídos, instalados e configurados nas 300 escolas que compõem o programa.
Além disso, a garantia nos computadores vendidos no Uruguai foi de 90 dias, para reposição de peças e o governo uruguaio se comprometeu a fazer o pagamento de forma antecipada e isenta de todos os impostos; no Brasil, por sua vez, a quantia seria paga após a instalação e configuração dos computadores, o que poderia durar cerca de 115 dias, segundo a empresa.
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