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Estudo pede mudanças nas campanhas contra pirataria
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ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Estudo realizado pelo Instituto Akatu e patrocinado pela Microsoft aponta a necessidade de reformular as campanhas contra produtos falsificados no Brasil, a começar pelo menor uso da palavra pirataria. A nova abordagem vai apelar ao sentimento de ética e atacar o "jeitinho brasileiro" e a "cultura de permissividade".
No estudo, os pesquisadores do Akatu constataram que as propagandas contra pirataria veiculadas hoje tendem a "cair no vazio" porque "responsabilizam o consumidor" e passam a idéia de que a sociedade "transfere responsabilidade".
O diagnóstico, então, indica que o consumidor brasileiro compra produtos piratas mesmo sabendo que a atividade tem relação com o crime organizado e sonega tributos. A desconfiança dos consumidores com o destino dos impostos, a venda de produtos piratas à luz do dia e uma sensação de que a compra ajuda o camelô também são aspectos presentes entre as pessoas que compram itens falsificados.
Como o ataque à pirataria em si não vem trazendo resultados, governo e empresários devem adotar campanhas focadas em ética e desigualdade. Uma das maneiras de conscientizar a população sobre o uso de produtos piratas será relacionar pequenos deslizes a grandes crimes.
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