Americano que matou mãe por proibição de game é condenado à prisão

Um adolescente norte-americano que matou a mãe e atirou no pai foi sentenciado a 23 anos de prisão. Segundo a defesa, os crimes foram baseados em uma obsessão por jogos com temas violentos.

Daniel Petric, 17, foi acusado por atirar em seus pais em outubro de 2007, depois que eles o proibiram de jogar "Halo 3". Ao emitir a sentença, o juiz James Burge, responsável pelo caso, disse que o jovem era tão obcecado pelo jogo que não teria acreditado que a morte da mãe foi real.

David Richard -16.jun.09/AP

Daniel Petric olha para a família sentada atrás dele na corte em Ohio, EUA; jovem foi condenado a 23 anos de prisão por atirar nos pais

A defesa alegou que a sua idade e vício no jogo faziam do jovem menos responsável pelos crimes. No game, jogadores atiram em monstros alienígenas que invadem a Terra.

O pai de Daniel, Mark Petric, disse que perdoou o filho, e que um veredicto menor daria ao seu filho uma segunda chance. "Ele se arrepende", disse o pai. "Vejo culpa e dor em seus olhos."

O advogado de defesa James M. Kersey disse que a obsessão do garoto por games era tão grande que qualquer um que estivesse em seu caminho corria risco. Ele pediu complacência em relação ao caso.

No julgamento, o pai de Daniel testemunhou que seu filho entrou na sala e pediu a seus pais para fecharem os olhos, pois tinha uma surpresa para eles. O pai disse ainda que ele esperava uma surpresa agradável. Tanto ele quanto a mulher Susan, 43, levaram um tiro na cabeça. Ela não resistiu ao ferimento.

A acusação disse que o adolescente tentou modificar a cena do crime, fazendo com que parecesse um homicídio seguido de tentativa de suicídio.

Com agência Associated Press