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17/06/2009 - 16h18

Leitor eletrônico divide opiniões de especialistas em evento na Espanha

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da France Presse, em Madri

Profissionais de várias áreas relacionadas ao livro manifestaram admiração e certos temores em relação ao livro digital durante a última Feira do Livro de Madri, realizada nesta semana na capital espanhola.

Embora ainda não tenha entrado no mercado brasileiro, o suporte já é vendido em algumas livrarias do mundo --assim como o livro digitalizado que pode ser baixado e lido em computadores e telefones celulares.

Divulgação
Leitor de livros da Amazon Kindle DX já tem concorrentes; e-book divide opiniões
Leitor de livros da Amazon Kindle DX já tem concorrentes; e-book divide as opiniões

O e-reader não tem fio, é do tamanho de um livro e tem pouca grossura. Ele também permite o armazenamento de arquivos. O primeiro aparelho foi criado pela Amazon, sob nome de Kindle.

Na sua pouca trajetória, o e-book da loja virtual já tem concorrentes como os da Sony, Iliad e Cybook. O custo ainda é caro (desembolsa-se, no mínimo, US$ 300 por um leitor eletrônico), mas a os especialistas preveem uma redução de preço em breve.

Hoje as editoras especializadas já têm bons resultados. A revista científica britânica "Nature" passou de 60 mil assinaturas para 300 mil graças à edição digital. Nos Estados Unidos, os livros digitais representam 0,6% do volume total de negócios, e apenas 0,1% no Reino Unido.

Debates

Mas as inovações do livro eletrônico são acompanhadas por inquietações: os escritores veem riscos para o faturamento caso, a exemplo da música e dos filmes na internet, as obras sejam disponibilizadas na web sem permissão, ou se generalizem os downloads gratuitos.

"Para quem não lê porque usa a internet, o livro digital é o melhor suporte para se iniciar na leitura", afirma Jesús Badenes, diretor de livrarias da editora Planeta. "Será possível viajar com livros grossos, que não pesarão no novo suporte, e mudar o tipo de letra do livro", observou.

"Existe uma expectativa de gratuidade em relação aos conteúdos na internet que não existe com outros bens, como o computador, a conexão a internet, a energia elétrica ou o Kindle", afirma Victoriano Colodrón, diretor técnico da Cedro, que administra os direitos autorais e que ano passado conseguiu retirar 50 obras da web que haviam sido disponibilizadas sem autorização.

"Que preço vamos a pagar se deixarmos de receber os direitos autorais?", pergunta a escritora Care Santos. "Além disso, as livrarias terão um problema quando tudo for vendido virtualmente, porque não poderão competir."

Alguns apostam em um ajuste apropriado do setor que permita que o e-livro se consolide como um novo canal de exploração para os direitos autorais, ordenado e sujeito às normas de mercado, que permita uma retribuição justa ao autor e aumente o consumo do livro e mantenha a dignidade do setor.

 

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