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08/08/2009 - 08h12

Netbook remonta ao laptop voltado à inclusão digital

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RAFAEL CAPANEMA
da Folha de S.Paulo

No princípio, era o laptop de US$ 100.

Barato, ultracompacto e resistente a adversidades físicas, o laptop XO-1 foi idealizado por Nicholas Negroponte, pesquisador do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Em 2005, ele fundou a OLPC (um laptop por criança, na sigla em inglês), ONG cujo objetivo é incluir no mundo digital crianças dos recantos mais carentes do planeta.

A organização perdeu funcionários, o mítico preço de custo até hoje não foi atingido e o interesse de governos não foi tão grande quanto o esperado. Mas a utopia humanista de Negroponte está na gênese de um dos maiores fenômenos recentes de consumo: os netbooks.

Emprestando vários dos conceitos introduzidos pela OLPC, a Asus foi a primeira empresa a lançar, em 2007, um modelo comercial de laptop ultraportátil de baixo custo: o Eee PC.

Arte/Folha de S.Paulo

Em comum com o XO-1, havia as dimensões reduzidas, o uso do sistema gratuito Linux e o armazenamento em SSD (drive de estado sólido), que consome menos energia do que os discos rígidos tradicionais e é mais resistente por não ter partes móveis.

O primeiro netbook da Asus contava com apenas 512 Mbytes de memória, armazenamento de 4 Gbytes, processador Intel Celeron de 900 MHz e tela de sete polegadas.

Apesar dos recursos limitados, o aparelho vendeu bem e foi o responsável pelo nascimento de um novo nicho de mercado -antes do Eee PC, os computadores ultraportáteis eram muito mais caros. Hoje, praticamente todos os grandes fabricantes de computadores produzem netbooks.

Mais do mesmo

Se você observar as especificações dos netbooks atuais, verá que são quase sempre as mesmas: disco rígido de 160 Gbytes, memória de 1 Gbyte e processador Intel Atom, desenvolvido especialmente para máquinas ultraportáteis de baixo consumo de energia.

Isso acontece porque a Microsoft, ao lado da Intel, impõe restrições de configuração para licenciar aos fabricantes o Windows XP, lançado em 2001, já que o sistema atual da empresa, o Vista, é exigente demais para o hardware modesto dessas maquininhas.

Isso deve mudar a partir de outubro, quando chegarão às lojas computadores com o Windows 7, novo sistema desenvolvido pela empresa com a qualidade da performance em netbooks em mente.

Uma das características marcantes dos netbooks é a ausência de um leitor de CD e DVD. "O drive de CD e DVD está fadado a morrer. É apenas uma questão de tempo", afirma Marcel Campos, gerente de marketing da Asus Brasil. Segundo ele, o baixo custo dos pendrives, aliado às possibilidades de obter conteúdo via internet, resultará na derrocada das mídias óticas.

Para o futuro, Campos prevê netbooks mais potentes, com mais memória e armazenamento, além da adoção generalizada do SSD, quando diminuir o preço por Gbyte, ainda muito superior ao dos discos rígidos tradicionais.

 

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